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ORIENTE MÉDIO
Premiês podem se reunir na próxima semana
Ataque palestino mata 2 soldados na Cisjordânia; Israel fere 9 em Gaza
DA REDAÇÃO
Dois soldados israelenses foram mortos por um atirador palestino em um posto de controle
perto de Belém (Cisjordânia). Foi
a primeira ação contra militares
de Israel desde 24 de outubro.
Na faixa de Gaza, 25 tanques israelenses realizaram incursão no
campo de refugiados de Rafah.
Houve troca de tiros com militantes de grupos terroristas. Nove palestinos e um soldado israelense
ficaram feridos.
Apesar da violência, o chanceler
de Israel, Silvam Shalon, anunciou em Bruxelas, onde se reuniu
com 25 ministros europeus, que o
premiê Ariel Sharon deve se encontrar com o primeiro-ministro
palestino, Ahmed Korei, na próxima semana. Autoridades palestinas, porém, afirmaram que nenhuma data foi definida.
"Gostaríamos que o governo israelense tivesse tempo suficiente
para se preparar para um bom encontro, no qual possamos produzir resultados reais. Não algo que
sirva apenas para relações públicas", disse Hassan Abu Libdeh,
assessor de Korei.
No ataque de ontem ao posto de
controle, o atirador se aproximou
com o fuzil escondido dentro de
uma pequena esteira utilizada para orações e começou a disparar
contra os soldados a uma distância de apenas alguns metros.
Um deles conversava com mãe
no telefone celular quando foi alvejado. Ferido, ele morreu a caminho do hospital. O outro militar
morreu imediatamente. O palestino fugiu em um carro.
Nenhum grupo terrorista palestino assumiu a autoria do ataque.
A ação ocorreu em meio à evolução nas negociações para uma
possível trégua dos grupos palestinos nas ações contra israelenses.
Após o ataque, o Exército de Israel restabeleceu as restrições impostas à população de Belém, que
haviam sido levantadas, como o
bloqueio à circulação por algumas vias e o toque de recolher.
União Européia
A União Européia fez duras críticas a Israel ontem em encontro
de 25 chanceleres europeus (incluindo os ministros de futuros
membros do bloco) com Shalon.
Os europeus afirmaram que as
ações militares israelenses e as
restrições impostas aos palestinos
"alimentam o extremismo e torna
a vida [nas áreas palestinas] intolerável". O resultado, dizem os europeus, é o aumento do apoio popular aos grupos terroristas.
Os europeus criticaram também a barreira para separar Israel
dos territórios palestinos. O chanceler israelense se defendeu afirmando que a barreira visa impedir a ação de terroristas .
Já Cruz Vermelha Internacional
decidiu encerrar dois programas
que eram responsáveis pelo fornecimento de alimentos a 50 mil
famílias palestinas. A organização
disse que não pode conceder a
ajuda indefinidamente. O ideal é
que Israel desocupe as áreas palestinas, permitindo que os palestinos possam viver sem restrições,
disse um porta-voz da Cruz Vermelha.
Com agências internacionais
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