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São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Premiês podem se reunir na próxima semana

Ataque palestino mata 2 soldados na Cisjordânia; Israel fere 9 em Gaza

DA REDAÇÃO

Dois soldados israelenses foram mortos por um atirador palestino em um posto de controle perto de Belém (Cisjordânia). Foi a primeira ação contra militares de Israel desde 24 de outubro.
Na faixa de Gaza, 25 tanques israelenses realizaram incursão no campo de refugiados de Rafah. Houve troca de tiros com militantes de grupos terroristas. Nove palestinos e um soldado israelense ficaram feridos.
Apesar da violência, o chanceler de Israel, Silvam Shalon, anunciou em Bruxelas, onde se reuniu com 25 ministros europeus, que o premiê Ariel Sharon deve se encontrar com o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, na próxima semana. Autoridades palestinas, porém, afirmaram que nenhuma data foi definida.
"Gostaríamos que o governo israelense tivesse tempo suficiente para se preparar para um bom encontro, no qual possamos produzir resultados reais. Não algo que sirva apenas para relações públicas", disse Hassan Abu Libdeh, assessor de Korei.
No ataque de ontem ao posto de controle, o atirador se aproximou com o fuzil escondido dentro de uma pequena esteira utilizada para orações e começou a disparar contra os soldados a uma distância de apenas alguns metros.
Um deles conversava com mãe no telefone celular quando foi alvejado. Ferido, ele morreu a caminho do hospital. O outro militar morreu imediatamente. O palestino fugiu em um carro.
Nenhum grupo terrorista palestino assumiu a autoria do ataque. A ação ocorreu em meio à evolução nas negociações para uma possível trégua dos grupos palestinos nas ações contra israelenses.
Após o ataque, o Exército de Israel restabeleceu as restrições impostas à população de Belém, que haviam sido levantadas, como o bloqueio à circulação por algumas vias e o toque de recolher.

União Européia
A União Européia fez duras críticas a Israel ontem em encontro de 25 chanceleres europeus (incluindo os ministros de futuros membros do bloco) com Shalon.
Os europeus afirmaram que as ações militares israelenses e as restrições impostas aos palestinos "alimentam o extremismo e torna a vida [nas áreas palestinas] intolerável". O resultado, dizem os europeus, é o aumento do apoio popular aos grupos terroristas.
Os europeus criticaram também a barreira para separar Israel dos territórios palestinos. O chanceler israelense se defendeu afirmando que a barreira visa impedir a ação de terroristas .
Já Cruz Vermelha Internacional decidiu encerrar dois programas que eram responsáveis pelo fornecimento de alimentos a 50 mil famílias palestinas. A organização disse que não pode conceder a ajuda indefinidamente. O ideal é que Israel desocupe as áreas palestinas, permitindo que os palestinos possam viver sem restrições, disse um porta-voz da Cruz Vermelha.


Com agências internacionais


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