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Bush muda status de seus indicados para preservá-los
DE NOVA YORK
Enquanto Barack Obama foca a nomeação de seu gabinete,
George W. Bush usa suas últimas semanas para dar a seus
indicados políticos cargos permanentes no serviço público
federal. A ação limita, ao menos
inicialmente, a instalação por
Obama de seus escolhidos em
posições-chave, sobretudo no
Departamento do Interior.
Ao menos seis funcionários
do departamento foram transferidos nas últimas semanas ao
serviço público, afirmou ontem
o jornal "Washington Post". No
total, de março a 3 de novembro, 20 indicados políticos assumiram postos de carreira.
A ação é legal e dá segurança
aos funcionários na transição.
Pode ainda dar sobrevida a medidas polêmicas: Bush é acusado de tentar sedimentar políticas e iniciativas regulatórias
ambientais, e 2 dos 6 funcionários em questão são acusados
de promover interesses privados em acordos sobre o tema.
"Eles poderiam ter feito as
transferências nos oito anos de
governo. Por que agora?", questionou ao "Post" Robert Irving,
vice-presidente de programas
de preservação do grupo Defensores da Vida Selvagem. "É
óbvio que tentam deixar para
trás alguns soldados leais."
Grupos externos estão tendo
dificuldades para monitorar as
movimentações. "Todos deveriam ter a oportunidade de buscar essas vagas, sobretudo funcionários de carreira apartidários que trabalham há dez ou 15
anos em suas áreas", disse Alex
Bastani, da Federação Americana de Funcionários Federais.
A prática não é nova. No último ano de seu governo, o democrata Bill Clinton (1993-2001) deu a 47 indicados políticos postos públicos federais.
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