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Estados lutam para ter impacto eleitoral
DO ENVIADO ESPECIAL A IOWA
Vaidade e "orgulho estadual"
estão por trás da antecipação, nos
últimos 30 anos, do calendário
das eleições presidenciais americanas, um fenômeno que vem desafiando a organização das pré-candidaturas. A cada ano eleitoral, os Estados que fazem as primárias iniciais para definir candidatos vêm puxando os eventos para o início do calendário, exemplo seguido por outros Estados.
O objetivo de cada Estado é manter o status de causar os primeiros impactos na corrida eleitoral. Para os pré-candidatos, vencer as primárias iniciais é considerado fundamental para que o
fluxo de dinheiro, o entusiasmo e a atenção da mídia continuem alimentando as campanhas.
Tradicionalmente, Iowa é o primeiro Estado a escolher o seu
candidato em um caucus como o de ontem. Na eleição passada, o
Estado de New Hampshire -que fará sua primária na semana que
vêm- tentou passar à frente. Em resposta, Iowa teve de se reorganizar e antecipar em vários dias o
seu caucus para ser o primeiro.
A antecipação do calendário neste ano fará com que até meados de fevereiro cerca de 20 Estados norte-americanos já tenham
escolhido seus candidatos -entre eles alguns importantes como
Missouri, Michigan e Tennessee.
Essa movimentação fez diminuir o impacto relativo da chamada "Superterça", quando quase
uma dezena de Estados, entre eles
Califórnia e Nova York, realizam
suas primárias. Em 2004, a "Superterça" será no dia 2 de março.
Tantas primárias logo no início
do ano passaram a representar
um desafio para os pré-candidatos, especialmente na arrecadação
de fundos, que agora precisa começar muitos meses antes do início do ano eleitoral.
É por esse motivo que o pré-candidato Wesley Clark, por
exemplo, não participou do caucus em Iowa -ele quer concentrar suas energias em New
Hampshire.
A principal consequência do calendário eleitoral "esticado", no
entanto, é que os democratas vão
gastar quase seis meses para escolher o adversário do presidente
George W. Bush.
(FCz)
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