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Primeiro ataque seria contra defesa aérea
da "Reuters", em Bruxelas
Se, até o meio-dia de hoje, o governo de Belgrado for considerado
responsável pela falta de acordo
em Kosovo, o sistema iugoslavo de
defesas aéreas poderá tornar-se o
primeiro alvo dos mísseis norte-americanos num ataque da Otan.
Fontes da Otan informaram que,
se danos à rede iugoslava de radares, mísseis, aviões e bases aéreas
não bastarem para fazer o presidente Slobodan Milosevic mudar
de idéia, a Otan passará a operar
bombardeios graduados.
As bases operacionais fixas do
Exército iugoslavo e da polícia paramilitar em Kosovo, com seus
blindados pesados entrincheirados, também seriam alvos.
Se houver ataque, ele será liderado pela Força Aérea e pela Marinha norte-americanas, que, juntas,
são responsáveis por mais da metade dos 430 aviões de guerra que a
Otan se prepara para usar. Os EUA
são o único país da Otan a possuir
mísseis Tomahawk, cuja utilização
evita risco de vida com pilotos.
Será tomado grande cuidado para evitar a morte de civis. Alguns
dos quartéis sérvios em Kosovo estão em áreas pouco povoadas. Mas
a unidade militar iugoslava de
Pristina, por exemplo, ocupa uma
base situada na periferia da capital
de Kosovo, ao lado de rodovias e
áreas residenciais. E a capital federal, Belgrado, é cercada por uma
importante rede de defesas aéreas.
A Otan tem caças-bombardeiros
F-18, F-14, aviões Stealth F-117A,
Tornados, Mirages, Jaguares, Harriers, Awacs (aviões-radar) e
aviões-tanque prontos para participar da ação. Eles poderiam partir
de porta-aviões e de bases aliadas
na Itália e no Reino Unido.
Segundo militares da Otan, o sistema sérvio de defesa, que reúne
tecnologia ocidental e mísseis terra-ar soviéticos, inspira respeito.
A força aérea iugoslava também
possui 14 caças avançados Mig-29
e 65 Mig-21, mais antigos, além de
90 aviões Orao, Galeb e Super Galeb. Ela é treinada a atuar de maneira independente no caso de
destruição ou desligamento dos
sistemas centrais de comando,
controle e comunicações.
Apesar disso, as forças iugoslavas não teriam condições de fazer
frente à Otan, cujos ataques não
deverão necessariamente se limitar à Província de Kosovo.
Tradução de
Clara Allain
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