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GUERRA SEM LIMITES
Exército prevê vitória em "48 horas'; EUA dobram recompensa por Bin Laden e oferecem US$ 50 milhões
Terroristas resistem a cerco e bombardeios no Paquistão
DA ASSOCIATED PRESS
De 300 a 400 militantes supostamente ligados à rede terrorista Al
Qaeda e ao grupo extremista afegão Taleban resistiam ontem ao
ataque -com pesada artilharia e
bombardeios aéreos -de milhares de soldados paquistaneses em
uma região próxima ao Afeganistão. Segundo informações divulgadas anteontem, o número dois
da Al Qaeda, o egípcio Ayman al
Zawahiri, 52, poderia estar cercado na região.
Os EUA ontem dobraram a recompensa oferecida por informações que levem à captura de Osama bin Laden, líder máximo da Al
Qaeda, responsável pelos ataques
do 11 de Setembro: agora são US$
50 milhões. Acredita-se que Bin
Laden e Al Zawahiri estejam refugiados entre o Afeganistão e o Paquistão, numa região onde os governos de ambos os países têm dificuldade de atuação. A recompensa por Al Zawahiri é de US$ 25
milhões.
Sob pressão dos EUA, o Paquistão tem agido em seu lado da
fronteira, no Vaziristão, mas a
operação desta semana é a maior
desde o final de 2001, quando teve
início a intervenção americana no
Afeganistão. Pelo menos 43 pessoas -17 soldados e 26 supostos
militantes- já teriam morrido.
O porta-voz do Exército paquistanês, Shaukat Sultan, negou-se
ontem a confirmar se Al Zawahiri
está na região cercada, que inclui
várias vilas do Vaziristão. "O tipo
de resistência, de preparação das
posições de defesa e os abrigos
existentes nos levam a crer que há
algum objetivo de alto valor no local", disse Sultan. "Não temos
confirmação de que ele esteja lá",
disse Condoleezza Rice, assessora
de Segurança Nacional dos EUA.
Segundo um porta-voz do Taleban chamado Abdul Samadm,
que telefonou para a agência de
notícias Associated Press, Al Zawahiri e Bin Laden estariam a salvo no Afeganistão: "Muçulmanos
de todo o mundo, não se preocupem, eles estão bem".
As tropas paquistanesas recebiam ajuda de cerca de uma dúzia
de militares americanos, nas áreas
de inteligência e de coordenação,
e esperavam vencer a resistência
"nas próximas 48 horas".
Centenas de moradores fugiam
da área, inclusive feridos, como as
irmãs Haseena, 10, e Asmeena, 2,
atingidas por estilhaços de bombas. Um irmão de 12 anos teria
morrido quando a casa da família
foi atingida por um morteiro.
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