São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997.

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TRECHOS
Leia trechos do livro do historiador Steve Biel.

"Os EUA em 1912 eram uma sociedade modernizadora em que o etos secular do materialismo e do consumo existia em confronto com valores cristãos de sacrifício e valores vitorianos de honra cavalheirismo. Aqueles que sentiram essa instabilidade tentaram encontrar conforto no desastre."
"Ser apenas rico, fascinante e extravagante eram critérios inaceitáveis para se tornar célebre. Tinha também de haver caráter e, de acordo com o mito, foi precisamente o que os ocupantes da primeira classe do Titanic mostraram
"Ao evocar as regras "atemporais" de conduta social -paternalismo, nobreza, obediência, deferência- e mostrando que elas seriam aplicadas cegamente quando necessário, o desastre serviu para enfatizar uma visão conservadora de ordem e autoridade."
"O desastre do Titanic não teve um significado histórico intrínseco. Enquanto gostamos de pensar que a ressonância do desastre é atemporal, o Titanic se fixou na memória americana por causa de seu tempo. Os norte-americanos de 1912 fizeram-no falar sobre as preocupações da política, sociedade e cultura contemporâneas."

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