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IRAQUE OCUPADO
Em troca, marines não atacariam mais a cidade; por telefone, Bush critica Zapatero pela retirada das tropas
EUA exigem deposição de armas em Fallujah
DA REDAÇÃO
As forças de coalizão lideradas
pelos EUA anunciaram ontem
que cessarão as operações ofensivas contra Fallujah caso os insurgentes iraquianos entocados na
cidade entreguem suas armas.
Segundo Dan Senor, porta-voz
da administração americana no
Iraque, após três dias de conversas, os negociadores que supostamente representam Fallujah concordaram em negociar um cessar-fogo duradouro e efetivo.
Não se sabe até que medida os
negociadores serão capazes de influenciar os insurgentes da cidade, estimados entre 1.000 e 2.000
combatentes, que têm enfrentado
o cerco de fuzileiros navais norte-americanos nas últimas semanas.
Um alto funcionário da coalizão, porém, disse à agência Reuters que é muito cedo para saber
se as negociações com os iraquianos progrediram. "É difícil saber
o que é real e o que não é", disse.
De acordo com o Pentágono,
110 soldados americanos foram
mortos desde 31 de março. Durante a fase dos grandes combates
da Guerra do Iraque, entre os dias
19 de março e 30 de abril do ano
passado, período que inclui a tomada de Bagdá, 109 militares
americanos morreram.
Centenas de iraquianos também morreram durante a recente
onda de violência, sendo que
muitos desses eram civis.
Ao mesmo tempo, o comando
norte-americano na região da cidade sagrada de Najaf, onde há
2.500 soldados, informou que dará um tempo para conversações
antes de qualquer tentativa de entrar na cidade para capturar -ou
matar- o clérigo radical xiita
Moqtada al Sadr, que lidera uma
insurgência contra as forças de
ocupação por meio de sua milícia,
o Exército Mehdi.
O principal porta-voz militar
norte-americano no Iraque, general Mark Kimmitt, disse ontem
que as últimas 24 horas haviam sido "notoriamente" tranqüilas,
sem o registro de soldados mortos e com um número de ataques
bem menor do que a média de 50
por dia das últimas duas semanas.
A rede de TV Iraqiya, financiada pelos EUA, informou ontem
que um jornalista e um motorista
da empresa foram mortos por
forças americanas em Samarra.
Espanha e França
O presidente dos EUA, George
W. Bush, criticou ontem o recém-empossado premiê espanhol, José
Luiz Rodríguez Zapatero, por ter
decidido retirar imediatamente
do Iraque seus 1.300 militares.
Segundo a Casa Branca, em
conversa telefônica, "Bush expressou seu pesar a Zapatero pela
decisão de retirar abruptamente
as tropas espanholas do Iraque".
"O presidente pediu que a retirada seja feita de forma coordenada para que não coloque outras
forças da coalizão em risco", disse
o porta-voz Scott McClellan.
Al Sadr, por por outro lado, elogiou Zapatero ontem.
Sem entrar em detalhes, o chanceler francês, Michel Barnier, disse ontem que a transferência de
poder no Iraque depende de duas
novas resoluções da ONU.
Em declaração após encontro
com o chanceler russo, Serguei
Lavrov, Barnier disse que a atuação da missão da ONU no Iraque
será decisiva para a transição.
Com agências internacionais
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