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ORIENTE MÉDIO
Israel decide revidar ataques do grupo Hamas
DA REDAÇÃO
O ministro israelense da Defesa,
Shaul Mofaz, determinou ontem
que seu Exército use "todos os
meios necessários" para neutralizar terroristas palestinos na faixa
de Gaza que ameaçam fazer descarrilar a trégua bilateral, em vigor desde fevereiro último.
Mas informantes israelenses
disseram à agência de notícias
Reuters que as respostas serão comedidas para que se evite uma escalada que comprometa o plano
israelense de desmobilização dos
assentamentos judaicos em Gaza.
Três mísseis palestinos de baixa
precisão foram ontem lançados
em direção a Israel. Eles atingiram áreas rurais e não fizeram vítimas. Dez bombas foram lançadas contra assentamentos judaicos em Gaza, sem causar estragos.
Anteontem Israel usou mísseis
pela primeira vez em três meses
para neutralizar baterias palestinas que atiravam contra instalações de colonos. Também na
quarta, um integrante do Hamas
morreu perto da fronteira com o
Egito. Palestinos dizem que foi
morto a tiros por soldados israelenses. Mas, para Israel, a explosão de uma bomba que ele carregava foi a causa da morte.
"A ameaça de Mofaz não nos assusta", disse Mushir Masri, porta-voz do Hamas, facção islâmica
terrorista que, por meio de hostilidades, procura manter seu prestígio em oposição ao Fatah, do
presidente Mahmoud Abbas.
As tensões entre o Fatah e o Hamas se traduziram ontem na anulação dos resultados eleitorais de
um município de Gaza, favoráveis
ao grupo islâmico. Na terça-feira
o mesmo tribunal havia anulado
dois outros resultados parecidos.
Ódio proibido
A Autoridade Palestina proibiu
a transmissão por rádio e TV de
sermões com conteúdo anti-semita. A decisão, anunciada pelo
ministro palestino da Informação, Nabil Shaath, foi tomada
após um clérigo de Gaza ter comparado os judeus ao vírus da Aids.
Segundo Shaath, passam a ser
proibidas declarações que incitem o ódio a outras religiões.
A decisão foi anunciada um dia
depois da retirada, do site palestino na internet, de um link para os
"Protocolos dos Sábios de Sião",
documento apócrifo do século 19
e abertamente anti-semita, que
relata uma suposta conspiração
judaica para dominar o mundo.
Com agências internacionais
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