São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2005

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ORIENTE MÉDIO

Israel decide revidar ataques do grupo Hamas

DA REDAÇÃO

O ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, determinou ontem que seu Exército use "todos os meios necessários" para neutralizar terroristas palestinos na faixa de Gaza que ameaçam fazer descarrilar a trégua bilateral, em vigor desde fevereiro último.
Mas informantes israelenses disseram à agência de notícias Reuters que as respostas serão comedidas para que se evite uma escalada que comprometa o plano israelense de desmobilização dos assentamentos judaicos em Gaza.
Três mísseis palestinos de baixa precisão foram ontem lançados em direção a Israel. Eles atingiram áreas rurais e não fizeram vítimas. Dez bombas foram lançadas contra assentamentos judaicos em Gaza, sem causar estragos.
Anteontem Israel usou mísseis pela primeira vez em três meses para neutralizar baterias palestinas que atiravam contra instalações de colonos. Também na quarta, um integrante do Hamas morreu perto da fronteira com o Egito. Palestinos dizem que foi morto a tiros por soldados israelenses. Mas, para Israel, a explosão de uma bomba que ele carregava foi a causa da morte.
"A ameaça de Mofaz não nos assusta", disse Mushir Masri, porta-voz do Hamas, facção islâmica terrorista que, por meio de hostilidades, procura manter seu prestígio em oposição ao Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.
As tensões entre o Fatah e o Hamas se traduziram ontem na anulação dos resultados eleitorais de um município de Gaza, favoráveis ao grupo islâmico. Na terça-feira o mesmo tribunal havia anulado dois outros resultados parecidos.

Ódio proibido
A Autoridade Palestina proibiu a transmissão por rádio e TV de sermões com conteúdo anti-semita. A decisão, anunciada pelo ministro palestino da Informação, Nabil Shaath, foi tomada após um clérigo de Gaza ter comparado os judeus ao vírus da Aids. Segundo Shaath, passam a ser proibidas declarações que incitem o ódio a outras religiões.
A decisão foi anunciada um dia depois da retirada, do site palestino na internet, de um link para os "Protocolos dos Sábios de Sião", documento apócrifo do século 19 e abertamente anti-semita, que relata uma suposta conspiração judaica para dominar o mundo.


Com agências internacionais

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