|
Texto Anterior | Índice
DIPLOMACIA
Coréia do Norte e EUA retomam negociações
DA REDAÇÃO
O governo dos EUA confirmou
ontem que diplomatas americanos e norte-coreanos se reuniram
na semana passada, em Nova
York, para discutir a retomada
das negociações sobre o programa nuclear da Coréia do Norte. O
encontro ocorreu poucos dias depois de os EUA terem afirmado
que os norte-coreanos estavam se
preparando para realizar seu primeiro teste nuclear, e um ano
após o estancamento do diálogo
multilateral entre EUA, Rússia,
Japão, China e as duas Coréias.
"Esse canal foi usado para repetir a mensagem de que a Coréia
do Norte deve retomar as conversas, sem condições, para que possamos continuar com a política
de desnuclearização", afirmou
um porta-voz da Casa Branca.
Os seis países se reuniram três
vezes, desde agosto de 2003, para
tentar demover Pyongyang de
suas ambições nucleares. Não
houve acordo, e as negociações
estão paralisadas desde então.
Segundo informações da imprensa japonesa, os diplomatas
americanos declararam a seus homólogos norte-coreanos que os
EUA reconhecem a soberania da
Coréia do Norte e que não planejam atacar o país.
No começo do mês, os EUA
afirmaram que a Coréia do Norte
poderia estar se preparando para
realizar seu primeiro teste nuclear. Imagens de satélite teriam
mostrado que o país cavou e depois cobriu um buraco de tamanho significativo, num suposto
local de testes em Gilju, no nordeste do país.
Em fevereiro, Pyongyang afirmou que tinha armas nucleares, e
o chefe da AIEA, a agência nuclear da ONU, Mohamed El Baradei, disse que o país possuía plutônio suficiente para produzir até
seis bombas atômicas.
Em uma declaração conjunta,
os governos das duas Coréias
anunciaram ontem que retomarão as negociações de reconciliação. O comunicado, no entanto,
não faz menção aos projetos nucleares de Pyongyang.
A Coréia do Sul enviará uma delegação a Pyongyang para assistir
à cerimônia de comemoração do
quinto aniversário da cúpula intercoreana. Seul também se comprometeu a doar ao país vizinho
comunista, em que boa parte da
população enfrenta fome, 200 mil
toneladas de fertilizantes a partir
do dia 21 de maio.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Iraque sob tutela: Saída dos EUA vai demorar, avisam militares Índice
|