São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2005

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DIPLOMACIA

Coréia do Norte e EUA retomam negociações

DA REDAÇÃO

O governo dos EUA confirmou ontem que diplomatas americanos e norte-coreanos se reuniram na semana passada, em Nova York, para discutir a retomada das negociações sobre o programa nuclear da Coréia do Norte. O encontro ocorreu poucos dias depois de os EUA terem afirmado que os norte-coreanos estavam se preparando para realizar seu primeiro teste nuclear, e um ano após o estancamento do diálogo multilateral entre EUA, Rússia, Japão, China e as duas Coréias.
"Esse canal foi usado para repetir a mensagem de que a Coréia do Norte deve retomar as conversas, sem condições, para que possamos continuar com a política de desnuclearização", afirmou um porta-voz da Casa Branca.
Os seis países se reuniram três vezes, desde agosto de 2003, para tentar demover Pyongyang de suas ambições nucleares. Não houve acordo, e as negociações estão paralisadas desde então.
Segundo informações da imprensa japonesa, os diplomatas americanos declararam a seus homólogos norte-coreanos que os EUA reconhecem a soberania da Coréia do Norte e que não planejam atacar o país.
No começo do mês, os EUA afirmaram que a Coréia do Norte poderia estar se preparando para realizar seu primeiro teste nuclear. Imagens de satélite teriam mostrado que o país cavou e depois cobriu um buraco de tamanho significativo, num suposto local de testes em Gilju, no nordeste do país.
Em fevereiro, Pyongyang afirmou que tinha armas nucleares, e o chefe da AIEA, a agência nuclear da ONU, Mohamed El Baradei, disse que o país possuía plutônio suficiente para produzir até seis bombas atômicas.
Em uma declaração conjunta, os governos das duas Coréias anunciaram ontem que retomarão as negociações de reconciliação. O comunicado, no entanto, não faz menção aos projetos nucleares de Pyongyang.
A Coréia do Sul enviará uma delegação a Pyongyang para assistir à cerimônia de comemoração do quinto aniversário da cúpula intercoreana. Seul também se comprometeu a doar ao país vizinho comunista, em que boa parte da população enfrenta fome, 200 mil toneladas de fertilizantes a partir do dia 21 de maio.


Com agências internacionais

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