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EUA anunciam socorro civil ao Paquistão
Refugiados da ação contra o Taleban no Swat já são 1,5 milhão; Islamabad expande programa nuclear
DA REDAÇÃO
Os EUA vão destinar US$ 110
milhões aos desabrigados pelos
conflitos entre o Exército paquistanês e o Taleban na região
do Swat, anunciou ontem a secretária de Estado americana,
Hillary Clinton. A maior parte
da ajuda emergencial (US$ 100
milhões) virá da Chancelaria, e
US$ 10 milhões, do Pentágono.
A assistência não é apenas
uma obrigação humanitária,
mas um imperativo para a segurança mundial, disse Hillary.
A ofensiva paquistanesa, lançada no início do mês em resposta
ao avanço do Taleban em áreas
próximas à capital, já deixou 1,5
milhão de desabrigados.
O êxodo já é "um dos mais
dramáticos eventos dos tempos
recentes", segundo a agência da
ONU para Refugiados. Os deslocados pela violência na Província que inclui o Swat passam
de 2 milhões desde agosto.
Contornar a crise humanitária é vital para o sucesso da
ofensiva, endossada pelos EUA
e pela Otan (aliança militar ocidental). O custo total da ação
(gastos militares, reconstrução
e auxílio a civis) é estimado em
US$ 7,6 bilhões pelo Fundo
Monetário Internacional.
Islamabad deve receber em
2010 pacote de auxílio de US$
2,1 bilhões, já aprovado pelo
Congresso americano. A nova
estratégia dos EUA para a
Guerra do Afeganistão enfatiza
o elo entre os radicais nos dois
lados da fronteira.
Congressistas americanos
temem, porém, que o auxílio
seja desviado para o programa
nuclear paquistanês. O país não
assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e trava corrida
armamentista com a Índia.
A Chancelaria paquistanesa
admitiu ao "Financial Times"
que o programa "não é estático". "Nossa proteção nuclear é
indispensável para a estabilidade regional", justificou a pasta.
O avanço da insurgência no
Paquistão acirrou a preocupação internacional sobre a segurança das ogivas.
Em reunião sobre não proliferação com especialistas republicanos e democratas, o presidente Barack Obama listou o
arsenal paquistanês e o anseio
de terroristas por armas nucleares entre as maiores preocupações globais.
Com "Financial Times" e agências internacionais
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