DA REDAÇÃO

O presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, anunciou oficialmente ontem no Parlamento o fim do conflito com os Tigres Tâmeis. Imagens do corpo do líder rebelde, Velupillai Prabhakaran, morto na véspera pelo Exército, foram mostradas em cadeia nacional de televisão.
"Nossa pátria foi completamente libertada do terrorismo separatista", disse Rajapaksa, artífice da ofensiva que retomou o controle de todo o território da ilha no oceano Índico depois de 26 anos e até 100 mil mortes.
Falando por vezes o idioma da minoria tâmil (18% da população), Rajapaksa, cingalês (74%), exortou o país a promover a conciliação nacional. "Devemos viver sem diferenças de raça, casta ou religião. Temos que viver como iguais neste país livre."
Em janeiro, o governo havia retomado a capital rebelde, Kilinochchi, e anunciado a "investida final" contra os Tigres Tâmeis. Desde então, calcula-se entre 7.000 e 8.000 o número de mortos e em 265 mil o de refugiados.
No domingo, após ter sido confinado a área de 3 km2, o grupo rebelde admitiu a derrota. Anteontem, o Exército anunciou a morte de Prabhakaran e o fim do conflito.
As imagens do corpo do líder rebelde foram transmitidas durante o pronunciamento de Rajapaksa. A identificação do cadáver foi feita por ex-rebelde que desertou e hoje integra o governo.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou visita ao país na sexta. ONU, ONGs e União Europeia defendem a investigação de crimes humanitários.

Com agências internacionais

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