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EUA
Rede de serviços secretos saiu do controle, afirma jornal americano
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
A estrutura de inteligência
dos EUA cresceu tanto após
os ataques de 11 de setembro
de 2001 que nem o governo
sabe ao certo quanto custa,
quantas pessoas emprega ou
quantas agências trabalham
na mesma investigação.
De acordo com série de reportagens do "Washington
Post" que começou a ser publicada ontem, o serviço secreto é hoje tão complexo,
"após nove anos de gastos
sem precedentes", que saiu
do controle da Casa Branca.
O secretário da Defesa, Robert Gates, disse ser um desafio acompanhar as investigações, mas disse que o sistema
não é grande demais para ser
administrado. Gates admitiu, porém, ter chegado o momento de avaliar os excessos.
Segundo o jornal, 1.271 organizações do governo e
1.931 empresas privadas estão envolvidas em projetos
de contraterrorismo, segurança nacional e inteligência. No FBI (polícia federal),
as 35 unidades de combate
ao terrorismo do fim de 2001
aumentaram para 106.
O orçamento dos EUA para
a inteligência é de US$ 75 bilhões, duas vezes e meia o
que era nove anos atrás.
O diretor interino de inteligência, David Gompert, disse
que "a reportagem não reflete a comunidade de inteligência que conhecemos".
"Trabalhamos para reduzir ineficiências e redundâncias, ao mesmo tempo em
que preservamos uma sobreposição entre agências para
fortalecer análises, desafiar o
pensamento convencional e
eliminar pontos falhos."
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