São Paulo, terça-feira, 20 de julho de 2010

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RÚSSIA

Lei que amplia poder de agência de segurança passa no Senado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Câmara Alta do Parlamento russo aprovou ontem, por 121 votos a 1, uma lei que amplia os poderes da agência de inteligência FSB (sucessora da soviética KGB), medida criticada pela oposição e por grupos de direitos humanos no país.
A lei permite à FSB "advertir" suspeitos de "criar condições favoráveis" para crimes contra a segurança da Rússia e prender ou multar (em até 50 mil rublos, equivalentes a R$ 2.900) pessoas ou empresas que criem "obstáculos" ao trabalho da agência.
Aprovada também pela Câmara Baixa, a medida aguarda sanção do presidente Dmitri Medvedev, que já manifestou apoio à lei.
Ativistas dos direitos humanos afirmam que a lei pode ser usada para intimidar a oposição e legitimar prisões arbitrárias. "É uma lei draconiana reminiscente de nosso passado repressor", disse Boris Nemtsov, líder do grupo opositor Solidariedade.
"Essa lei [dará] poder absoluto aos serviços secretos", criticou Serguei Ivanenko, do partido Yabloko.
A medida foi introduzida na pauta parlamentar algumas semanas após os atentados contra o metrô russo, que mataram 40 pessoas em março. O crime foi atribuído a duas mulheres-bomba supostamente armadas por rebeldes tchetchenos, e, na ocasião, Medvedev pediu ações "mais cruéis" contra extremistas do Cáucaso.
O antecessor de Medvedev e atual premiê russo, Vladimir Putin, foi agente da KGB e depois chefe da FSB.


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