France Presse

Mergulhadores trabalham nas buscas pelo avião desaparecido

RENATO FRANZINI
enviado especial a Cape Cod


As buscas do avião onde estava John F. Kennedy Jr. entraram ontem em seu terceiro dia sem pistas de onde estariam seu corpo, o de sua mulher, Carolyn Bessette, e o da irmã dela Lauren Bessette.
Kennedy, 38, filho do presidente assassinado dos EUA John F. Kennedy, Carolyn, 33, e Lauren, 35, viajavam de Nova Jersey para a ilha de Martha's Vineyard, no Estado de Massachusetts, na sexta à noite, quando o avião monomotor onde estavam desapareceu.
Anteontem, a Guarda Costeira dos EUA anunciou que a chance de achá-los vivos já era virtualmente nula e disse que a operação deixou de ser de "busca e resgate" e passou a ser de "busca e recuperação". Ontem, mergulhadores fizeram buscas em dois possíveis locais na costa da ilha onde acredita-se que o avião tenha caído.
No fim da tarde, o contra-almirante Richard Larrabee, encarregado da operação, informou o fracasso das buscas.
Segundo ele, as buscas ocorreram nos dois locais onde foram encontrados destroços do avião desde sábado. Também foram pesquisadas três áreas a partir de novos dados obtidos pela leitura de radares da Força Aérea no horário da queda.
Larrabee disse que novos destroços achados ontem seriam examinados e que algumas entrevistas estavam sendo realizadas -com testemunhas da decolagem do avião e com pilotos que voaram com Kennedy.

Sem controle
Com esses dados, ele disse esperar resultados melhores hoje. "Nós teremos todas as possibilidades para encontrar o avião."
As primeiras informações sugerem, em princípio, que Kennedy, que tirou licença para voar há um ano, perdeu o controle do avião.
Ele estava voando sem instrumentos, mas, segundo Larrabee, o avião passou por sua última manutenção anual em 28 de junho.
O presidente Bill Clinton lamentou ontem a provável morte de Kennedy, durante entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak.
"John Kennedy, sua irmã e sua mulher eram gentis de modo incomum com minha filha e minha mulher, e isso vai ser muito difícil para nós", afirmou o presidente dos EUA.
Os ex-presidentes Ronald Reagan, que não aparece mais publicamente devido ao mal de Alzheimer, e George Bush também divulgaram notas de condolência.


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