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AMÉRICA LATINA
Auditoria sai hoje
Venezuela propõe fim do Grupo de Amigos
DA REDAÇÃO
O Grupo de Amigos da Venezuela, criado em janeiro do ano
passado por iniciativa do Brasil
para ajudar na crise entre o governo e a oposição venezuelana, deixou de ter função após o plebiscito que manteve o presidente Hugo Chávez no poder, disse ontem
o chanceler Jesús Pérez.
"Com a crise já resolvida, não há
necessidade do Grupo de Amigos", disse o ministro venezuelano em Brasília, onde participa da
reunião do Grupo do Rio, formado por 19 países.
O chanceler brasileiro, Celso
Amorim, não descartou ontem o
fim do Grupo de Amigos. Questionado sobre o assunto, respondeu: "Como todos esperamos que
a situação evolua bem, é possível
que [o grupo] não [continue].
Mas vamos continuar a observar". Coordenado pelo Brasil, o
grupo reúne ainda Chile, Espanha, Estados Unidos, México e
Portugal.
Pérez voltou a repetir uma velha
crítica chavista ao grupo: a inclusão dos EUA de George W. Bush e
da Espanha do então premiê José
María Aznar. Esses dois países
"não se comportaram como amigos em certas ocasiões", disse o
chanceler.
O presidente Chávez, cujo mandato termina em janeiro de 2007,
ganhou o plebiscito do último domingo com 59,06% votos contra
40,94% dados à oposição, segundo o Conselho Nacional Eleitoral
(CNE).
Logo após o plebiscito, o Grupo
de Amigos emitiu uma nota na
qual felicitava "as forças políticas
venezuelanas pela maneira transparente e pacífica com que o processo foi conduzido".
Auditoria
Sem a participação da Coordenação Democrática, o CNE deve
anunciar hoje o resultado de uma
auditoria em 150 centros de votação escolhidos aleatoriamente em
todo o país, com a participação de
observadores internacionais.
Em nota, a CD disse que o CNE
está "se auto-auditando" e quer
"dar legitimidade a uma fraude".
A resistência da CD em aceitar a
derrota está deixando a coalizão
isolada. O Grupo de Amigos, observadores internacionais e organizações venezuelanas reconheceram a vitória chavista.
Com agências internacionais
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