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Ataque liquida frágil sensação de segurança
DA REDAÇÃO
A frágil sensação de segurança que os israelenses tinham, após seis semanas
sem os atentados suicidas, evaporou-se ontem no centro de Tel Aviv.
Para a polícia, o atentado, na movimentada rua Allenby, foi planejado para matar o maior número possível de pessoas -a região estava cheia no horário em
que a bomba explodiu (13h), e o ônibus havia acabado de pegar passageiros.
A região do atentado concentra muitos imigrantes do Leste Europeu e operadores
do mercado financeiro. "É o centro, o coração de Tel Aviv", afirma Yaakov Chen,
dono de um café local.
"Eu ouvi uma forte explosão. Corri para o lado de fora, onde meus clientes almoçavam, e vi pessoas saindo do ônibus pelas janelas, cobertas de sangue", disse Ofer Menachem, dono de um café na região do atentado.
Segundo Herzl Ben-Moshe, que também testemunhou o ataque, as pessoas
não paravam de gritar, pedindo que fossem retiradas
de dentro do ônibus.
Amir Chen, 45, dono de
uma livraria, descreveu um
cenário de horror. "Eu corri
para fora da loja e vi um coração ainda batendo. Uns
poucos metros adiante, estavam os pulmões." Ao lado
do ônibus estava a cabeça do
terrorista suicida; na rua em
frente, um de seus braços.
O francês Laurence Weissman, 22, que estava no ônibus, contou que, após a explosão, ele tentou conversar
com o motorista. "Ele não
respondeu, tinha morrido",
afirmou o francês, que voltaria para Paria à noite.
Uma das passageiras, Mazal Asraf, disse que o suicida
tinha bigode e cabelo preto e
que desconfiara dele. "Ele
vestia uma jaqueta preta",
afirmou a passageira. "Tentei avisar o motorista, mas
não deu tempo."
Com agências internacionais
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