São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2002

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Ataque liquida frágil sensação de segurança

DA REDAÇÃO

A frágil sensação de segurança que os israelenses tinham, após seis semanas sem os atentados suicidas, evaporou-se ontem no centro de Tel Aviv.
Para a polícia, o atentado, na movimentada rua Allenby, foi planejado para matar o maior número possível de pessoas -a região estava cheia no horário em que a bomba explodiu (13h), e o ônibus havia acabado de pegar passageiros.
A região do atentado concentra muitos imigrantes do Leste Europeu e operadores do mercado financeiro. "É o centro, o coração de Tel Aviv", afirma Yaakov Chen, dono de um café local.
"Eu ouvi uma forte explosão. Corri para o lado de fora, onde meus clientes almoçavam, e vi pessoas saindo do ônibus pelas janelas, cobertas de sangue", disse Ofer Menachem, dono de um café na região do atentado.
Segundo Herzl Ben-Moshe, que também testemunhou o ataque, as pessoas não paravam de gritar, pedindo que fossem retiradas de dentro do ônibus.
Amir Chen, 45, dono de uma livraria, descreveu um cenário de horror. "Eu corri para fora da loja e vi um coração ainda batendo. Uns poucos metros adiante, estavam os pulmões." Ao lado do ônibus estava a cabeça do terrorista suicida; na rua em frente, um de seus braços.
O francês Laurence Weissman, 22, que estava no ônibus, contou que, após a explosão, ele tentou conversar com o motorista. "Ele não respondeu, tinha morrido", afirmou o francês, que voltaria para Paria à noite.
Uma das passageiras, Mazal Asraf, disse que o suicida tinha bigode e cabelo preto e que desconfiara dele. "Ele vestia uma jaqueta preta", afirmou a passageira. "Tentei avisar o motorista, mas não deu tempo."


Com agências internacionais


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