São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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ANÁLISE

Cidade quer mudar o perfil dos turistas e atrair famílias dispostas a gastar mais

ROBERTO DIAS
EDITOR-ADJUNTO DE MERCADO

Limitar as estátuas das Ramblas é mais uma das regras que Barcelona criou para disciplinar seu turismo.
"Descoberta" após a Olimpíada de 1992, a cidade se transformou em marca, como adoram dizer os catalães. Referência de urbanismo, de cultura, e também de festa.
Isso fez dela a quarta cidade mais visitada da União Europeia, à frente inclusive de Madri. A cada ano passam por ali cerca de 5 milhões de estrangeiros. Por dia, os turistas despejam 20 milhões (R$ 47 milhões) na cidade.
Mas mesmo em tempos de crise é comum os catalães reclamarem dos "guiris", termo nada carinhoso que batiza os visitantes estrangeiros.
A queixa se concentra nos turistas que gastam pouco, de perfil típico resumido nos ingleses que voam pela Ryanair para um fim de semana de bebedeira e algazarra.
É para evitar essa gente -e atrair famílias dispostas a gastar mais e bagunçar menos- que a cidade vai criando regra para tudo.
Regra sobre as mesas de restaurantes, para organizar a multidão nas Ramblas. Regra para a roupa das pessoas: a prefeitura decidiu combater o "seminudismo" (andar sem camisa fora da praia).
Nessa escalada de regras, não poderia faltar, é claro, algum imposto. Estuda-se criar uma taxa de 1 por turista e cobrar entrada no parque Güell, de Antoni Gaudí.


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