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ANÁLISE
Cidade quer mudar o perfil dos turistas e atrair famílias dispostas a gastar mais
ROBERTO DIAS
EDITOR-ADJUNTO DE MERCADO
Limitar as estátuas das
Ramblas é mais uma das regras que Barcelona criou para disciplinar seu turismo.
"Descoberta" após a Olimpíada de 1992, a cidade se
transformou em marca, como adoram dizer os catalães.
Referência de urbanismo, de
cultura, e também de festa.
Isso fez dela a quarta cidade mais visitada da União Europeia, à frente inclusive de
Madri. A cada ano passam
por ali cerca de 5 milhões de
estrangeiros. Por dia, os turistas despejam 20 milhões
(R$ 47 milhões) na cidade.
Mas mesmo em tempos de
crise é comum os catalães reclamarem dos "guiris", termo nada carinhoso que batiza os visitantes estrangeiros.
A queixa se concentra nos
turistas que gastam pouco,
de perfil típico resumido nos
ingleses que voam pela Ryanair para um fim de semana
de bebedeira e algazarra.
É para evitar essa gente -e
atrair famílias dispostas a
gastar mais e bagunçar menos- que a cidade vai criando regra para tudo.
Regra sobre as mesas de
restaurantes, para organizar
a multidão nas Ramblas. Regra para a roupa das pessoas:
a prefeitura decidiu combater o "seminudismo" (andar
sem camisa fora da praia).
Nessa escalada de regras,
não poderia faltar, é claro, algum imposto. Estuda-se criar
uma taxa de 1 por turista e
cobrar entrada no parque
Güell, de Antoni Gaudí.
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