DA REDAÇÃO

O prefeito de Haifa (norte de Israel), Amram Mitzna, 57, venceu ontem as eleições internas para a liderança do Partido Trabalhista. Na Cisjordânia, cinco palestinos morreram em ação israelense.
Com a apuração quase encerrada, Mitzna tinha 54% dos votos, contra 37% do ex-ministro da Defesa e atual líder trabalhista, Binyamin ben Eliezer. Ele disse que irá apoiar o vencedor.
Mitzna, que prometeu raspar a barba apenas quando houver paz com os árabes, será o premiê em caso de vitória trabalhista nas eleições parlamentares de janeiro.
Mas as pesquisas apontam uma vitória tranquila do partido Likud (conservador), do premiê Ariel Sharon. Ele disputará a liderança do partido com o ex-premiê e atual chanceler, Binyamin "Bibi" Netanyahu. Segundo pesquisas, Sharon deve vencer as primárias.
Mitzna, general da reserva, afirmou que irá desmantelar os assentamentos judaicos na faixa de Gaza se eleito premiê. "Não há razão no mundo para permanecermos na faixa de Gaza", disse. Cerca de 7.000 colonos vivem nas colônias da região, em meio a mais de 1 milhão de palestinos.
Segundo Mitzna, a retirada de Gaza aconteceria independentemente de uma negociação com os palestinos. Mas ele defende a retomada imediata do diálogo, ao contrário do governo atual.
O prefeito de Haifa afirmou ainda que, sem um acordo com os palestinos no prazo de um ano, construiria uma cerca separando Israel da Cisjordânia. Os assentamentos próximos a Israel seriam incorporados. Os outros seriam desmantelados.

Mortes
Forças israelenses mataram um líder do grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa e outras quatro pessoas em choques em Tulkarem (Cisjordânia), segundo autoridades locais. Entre os mortos estão um palestino de 13 anos, um guarda e outras duas pessoas.