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IRAQUE NA MIRA
País afirma que vai declarar todos os seus programas até o dia 8
Bagdá promete dar lista de armas
DA REDAÇÃO
Autoridades iraquianas prometeram ontem apresentar um relatório completo de todos os programas de armas de destruição
em massa do país até 8 de dezembro e dar acesso irrestrito a inspetores de armas a todos os locais
que eles desejarem, conforme determina a resolução da ONU.
"Eles estão trabalhando nessa
declaração e irão apresentá-la até
8 de dezembro", disse ontem o diretor da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o
egípcio Mohamed el Baradei.
Segundo a resolução 1441 do
Conselho de Segurança da ONU,
aprovada no último dia 8, o Iraque deve submeter até 8 de dezembro a lista de todos os programas de armas químicas, biológicas e nucleares do país, além dos
de mísseis de longo alcance.
El Baradei, Hans Blix, o chefe
dos inspetores da ONU, e 30 técnicos da ONU chegaram anteontem a Bagdá para preparar a volta
dos inspetores de armas.
Os inspetores da ONU deixaram o Iraque em 1998, após Bagdá
acusá-los de serem "espiões".
Blix e Baradei tiveram ontem
um segundo dia de reuniões com
autoridades iraquianas, encontrando-se em Bagdá com o ministro das Relações Exteriores, Naji
Sabri, e o assessor do ditador Saddam Hussein Amir al Saadi.
Questionado se o Iraque apresentaria uma declaração até 8 de
dezembro, Saadi disse: "Em 30
dias [a partir da aprovação da resolução], conforme diz a resolução, um relatório do Iraque será
submetido sobre todos [os programas] -nucleares, químicos e
biológicos- e de mísseis".
Na carta de aceitação da resolução entregue na semana passada,
o Iraque negou ter programas de
armas de destruição em massa.
"Estamos esperançosos. Estamos, de fato, bastante certos de
que as coisas vão funcionar muito
melhor do que antes", disse Saadi.
Questionado se os inspetores teriam acesso irrestrito a todos os
locais que desejassem, Saadi afirmou: "Sim, isso está estipulado na
resolução, e nós a aceitamos".
Após a reunião de ontem, Blix
afirmou que a previsão era a de
que as inspeções começassem
"em cerca de uma semana".
Zona de exclusão
O secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, e fontes de 14 dos 15 países no CS manifestaram ontem
oposição às alegações dos EUA de
que qualquer infração do Iraque
em relação às zonas de exclusão
aérea no país constituíam violações da resolução 1441.
Anteontem, militares dos EUA
afirmaram que o Iraque havia atacado caças americanos e britânicos patrulhando a zona de exclusão no norte do país. A Casa Branca disse que os ataques eram violações da resolução.
Com agências internacionais
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