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São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2003

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EXPLORAÇÃO SEXUAL

Crime movimenta até US$ 12 bi por ano

Brasil está entre maiores fontes de tráfico humano na região, diz ONU

DA FRANCE PRESSE

Brasil, Colômbia e República Dominicana são os países latino-americanos mais afetados pelo tráfico de pessoas para a Europa, informou ontem o Escritório da ONU para as Drogas e o Crime (Unodoc, pela sigla em inglês).
A situação mais alarmante, segundo porta-vozes do Unodoc que participam de uma conferência sobre o tema em Bogotá, seria a da Colômbia, onde até 55 mil mulheres são vítimas do tráfico para exploração sexual.
Segundo Sandra Valle, conselheira da ONU em Viena, os traficantes também usam a Colômbia como "ponte" entre outros países andinos e a Europa.
Não foram divulgados números precisos sobre o Brasil, mas o Unodoc afirmou que "centenas" de meninas e mulheres brasileiras que saem mensalmente do país se tornam vítimas da exploração sexual e de trabalhos forçados. Os principais destinos são a Espanha, o Japão, a Holanda e a Venezuela -ao todo, foram identificadas 32 rotas de tráfico partindo do país.
Já na República Dominicana, a maioria das mulheres vítimas do tráfico é levada para os EUA.
Na Bolívia, o maior alvo do tráfico são crianças usadas no trabalho escravo, geralmente em minas e na agricultura, mas muitas vezes também nos serviços domésticos.
Segundo a ONU, o tráfico humano é hoje o negócio com maior crescimento dentro do crime organizado, movimentando de US$ 7 bilhões a US$ 12 bilhões por ano e vitimando até 900 mil pessoas.
"Por ano, mais de 900 mil pessoas são vítimas do tráfico humano para a exploração sexual ou trabalhos forçados", diz o relatório do Unodoc.


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