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EXPLORAÇÃO SEXUAL
Crime movimenta até US$ 12 bi por ano
Brasil está entre maiores fontes de tráfico humano na região, diz ONU
DA FRANCE PRESSE
Brasil, Colômbia e República
Dominicana são os países latino-americanos mais afetados pelo
tráfico de pessoas para a Europa,
informou ontem o Escritório da
ONU para as Drogas e o Crime
(Unodoc, pela sigla em inglês).
A situação mais alarmante, segundo porta-vozes do Unodoc
que participam de uma conferência sobre o tema em Bogotá, seria
a da Colômbia, onde até 55 mil
mulheres são vítimas do tráfico
para exploração sexual.
Segundo Sandra Valle, conselheira da ONU em Viena, os traficantes também usam a Colômbia
como "ponte" entre outros países
andinos e a Europa.
Não foram divulgados números
precisos sobre o Brasil, mas o
Unodoc afirmou que "centenas"
de meninas e mulheres brasileiras
que saem mensalmente do país se
tornam vítimas da exploração sexual e de trabalhos forçados. Os
principais destinos são a Espanha,
o Japão, a Holanda e a Venezuela
-ao todo, foram identificadas 32
rotas de tráfico partindo do país.
Já na República Dominicana, a
maioria das mulheres vítimas do
tráfico é levada para os EUA.
Na Bolívia, o maior alvo do tráfico são crianças usadas no trabalho escravo, geralmente em minas
e na agricultura, mas muitas vezes
também nos serviços domésticos.
Segundo a ONU, o tráfico humano é hoje o negócio com maior
crescimento dentro do crime organizado, movimentando de US$
7 bilhões a US$ 12 bilhões por ano
e vitimando até 900 mil pessoas.
"Por ano, mais de 900 mil pessoas são vítimas do tráfico humano para a exploração sexual ou
trabalhos forçados", diz o relatório do Unodoc.
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