São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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GOLFO DE ÁDEN

Índia afunda navio pirata, mas seqüestros continuam

DA REDAÇÃO

No maior ataque já registrado aos piratas somalis, a Marinha indiana afirmou ter afundado um navio-mãe de corsários no golfo de Áden, entre a África e a Ásia, na madrugada de terça-feira.
Isso não impediu, porém, que os piratas seqüestrassem mais três navios e começassem a negociar o resgate do petroleiro saudita Sirius Star. Com 25 tripulantes e carga avaliada em US$ 100 milhões, o Sirius é o maior navio já tomado pelos mercenários. A ONU estima que eles já tenham ganho entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões em resgates neste ano.
Segundo nota da Marinha indiana, o navio pirata foi abatido por um barco de guerra que patrulha a zona, depois que seus tripulantes, armados com pistolas e lança-granadas, se recusaram a submeter-se a averiguação.
A pirataria no golfo de Áden aumentou 140% entre 2007 e setembro deste ano, noticiou a Folha ontem, por culpa da falência do Estado somali e da crescente insurgência islâmica em terra.
Os mais recentes alvos foram um pesqueiro tailandês, um barco grego e um cargueiro de Hong Kong. Os piratas liberaram o barco MV Great Creation, levado há dois meses, mas ainda mantêm mais de uma dúzia de navios e 200 reféns.

Seguros
Como o maior objetivo dos piratas é o resgate das cargas tomadas, cresceram os custos de transporte e de seguros das embarcações. Uma seguradora ouvida pelo "Financial Times" disse que o seguro por viagem de navio na zona de risco subiu de US$ 500 para US$ 20 mil.
As transportadoras mudam as rotas para evitar os bandidos -às vezes sem êxito, já que os piratas têm expandido sua área de atuação.
O embaixador russo na Otan (aliança militar ocidental), Dmitri Rogozin, propôs ontem uma missão militar terrestre contra os corsários, "porque é em terra que está o ninho dos piratas".


Com agências internacionais


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