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ÁFRICA
Berlim extradita funcionária de Ruanda à França
DA REDAÇÃO
A chefe de cerimonial da
Presidência ruandesa, Rose Kabuye, que estava presa no aeroporto de Frankfurt desde o dia 9, foi extraditada ontem à França.
Kabuye, antiga guerrilheira tutsi da Frente Patriótica Ruandesa (FPR),
atualmente no governo, é
acusada por autoridades
francesas de participação
no assassinato em 1994 do
presidente ruandês Juvénal Habyarimana e de todos os tripulantes do avião
em que viajava, incluindo
dois pilotos franceses.
França e Ruanda têm
relações diplomáticas
quase nulas depois que a
Justiça francesa acusou o
atual presidente ruandês,
Paul Kagame, de ordenar o
atentado contra Habyarimana. O governo ruandês
acusa a França de armar as
milícias e as antigas tropas
do governo hutu que levaram a cabo o genocídio que
vitimou quase 1 milhão de
pessoas nos cem dias que
se seguiram ao atentado.
O governo francês jamais reconheceu o genocídio e dá asilo a alguns dos
dirigentes da época do
massacre. Em agosto,
Ruanda acusou 33 políticos e militares franceses,
incluindo o ex-premiê Dominique de Villepin e o
presidente François Mitterand (1981-1995), de envolvimento no genocídio.
Atualmente, os dois países ainda se vêem nas pontas opostas do conflito na
República Democrática do
Congo. Ruanda apóia o rebelde Laurent Nkunda,
enquanto a França tem no
Congo um dos seus principais aliados na África.
Com agências internacionais
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