São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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ÁFRICA

Berlim extradita funcionária de Ruanda à França

DA REDAÇÃO

A chefe de cerimonial da Presidência ruandesa, Rose Kabuye, que estava presa no aeroporto de Frankfurt desde o dia 9, foi extraditada ontem à França.
Kabuye, antiga guerrilheira tutsi da Frente Patriótica Ruandesa (FPR), atualmente no governo, é acusada por autoridades francesas de participação no assassinato em 1994 do presidente ruandês Juvénal Habyarimana e de todos os tripulantes do avião em que viajava, incluindo dois pilotos franceses.
França e Ruanda têm relações diplomáticas quase nulas depois que a Justiça francesa acusou o atual presidente ruandês, Paul Kagame, de ordenar o atentado contra Habyarimana. O governo ruandês acusa a França de armar as milícias e as antigas tropas do governo hutu que levaram a cabo o genocídio que vitimou quase 1 milhão de pessoas nos cem dias que se seguiram ao atentado.
O governo francês jamais reconheceu o genocídio e dá asilo a alguns dos dirigentes da época do massacre. Em agosto, Ruanda acusou 33 políticos e militares franceses, incluindo o ex-premiê Dominique de Villepin e o presidente François Mitterand (1981-1995), de envolvimento no genocídio.
Atualmente, os dois países ainda se vêem nas pontas opostas do conflito na República Democrática do Congo. Ruanda apóia o rebelde Laurent Nkunda, enquanto a França tem no Congo um dos seus principais aliados na África.


Com agências internacionais


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