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perfil
Escolhido para cargo tem fama de conciliador
DE GENEBRA
Esguio e sereno, de olhar
atento, Herman Van Rompuy é um homem cuja discrição poderia fazer com que
passasse despercebido em
círculos que se pautam por
egos bem maiores.
O político flamengo de
centro-direita, 62, ascendeu
ao governo há 11 meses após
trabalhar um ano como conciliador nacional, incumbido
pelo rei Alberto 2º de evitar
que o país, divivido entre valões e flamengos, ruísse.
Fez o trabalho que dois de
seus predecessores imediatos não conseguiram e ganhou fama de conciliador, o
que lhe serviu de trunfo na
busca de consenso entre os
27 países da União Europeia.
Van Rompuy começou na
política em 1973 como vice-presidente da ala jovem do
Partido Popular Cristão. Casado e pai de quatro filhos,
formou-se em filosofia e é
mestre em economia. Trabalhou no Banco Central e no
gabinete do premiê.
Conservador a ponto de
agradar a direita centro-europeia, mas sem ser linha-dura para alienar os socialistas, o belga tem visões pouco
controversas. A exceção é
sua posição contra a adesão
da Turquia à UE, que voltou
à tona ontem quando o jornal "Financial Times" resgatou discurso seu de 2004.
Nele, Van Rompuy evocava os valores fundamentais
do cristianismo, que para ele
perderiam força com a entrada de um membro islâmico. O tema pode fazê-lo
trombar com países favoráveis à adesão turca. Mas certamente não com os motores
da UE, França e Alemanha.
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