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ESTRANGULADOR DE IPSWICH
Polícia britânica prende novo suspeito de matar prostitutas
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES
A polícia de Suffolk, no leste da Inglaterra, prendeu ontem de manhã um segundo
suspeito de ter assassinado
cinco prostitutas na cidade
de Ipswich, que fica na mesma região.
Em comunicado oficial, a
polícia informou que o suspeito é um homem de 48
anos, mas afirmou que não
iria "confirmar nem negar a
identidade" dele.
Os policiais também ganharam tempo para interrogar outro suspeito, preso anteontem, identificado pela
imprensa britânica como
Tom Stephens, 37, empregado de uma rede de supermercados. Ele pode ficar detido
até a próxima terça-feira, dia
26, quando os policiais precisam apresentar queixa ou liberá-lo.
Os dois homens, que não
foram acusados formalmente, estão sendo interrogados
como parte da investigação
para elucidar o assassinato
das cinco mulheres, com idades entre 19 e 29 anos.
Os cadáveres de Gemma
Adams, Anneli Alderton, Tania Nicol, Paula Clennell e
Annette Nicholls foram encontrados nus, entre os dias
2 e 12 deste mês, em áreas rurais nos arredores de Ipswich. Dois deles tinham sinais de estrangulamento.
Crítica à imprensa
Especialistas em mídia e
promotores envolvidos com
o caso criticaram ontem a
imprensa britânica por divulgar o nome e o retrato de
Tom Stephens, o primeiro
suspeito preso.
A rede de TV BBC e o tablóide dominical "Sunday
Mirror" divulgaram entrevistas com Stephens às vésperas de ele ser preso pela
polícia britânica.
Os críticos argumentam
que as entrevistas podem
prejudicar as chances de um
julgamento justo para o suspeito, caso ele seja acusado.
"Isso só alimenta especulação e prejudica o julgamento", disse o promotor Christopher Sallon, em entrevista
à rede BBC. Ele ressaltou
que, por determinação legal,
as empresas jornalísticas
precisam garantir que a cobertura de um crime não influencie eventuais decisões
de um júri.
O vice-diretor da emissora, Adrian Van Klaveren,
afirmou que tais aspectos foram levados em consideração e que a BBC considerou
que a divulgação da entrevista "servia ao interesse público" e não prejudicaria o julgamento do caso.
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