São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

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ESTRANGULADOR DE IPSWICH

Polícia britânica prende novo suspeito de matar prostitutas

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES

A polícia de Suffolk, no leste da Inglaterra, prendeu ontem de manhã um segundo suspeito de ter assassinado cinco prostitutas na cidade de Ipswich, que fica na mesma região.
Em comunicado oficial, a polícia informou que o suspeito é um homem de 48 anos, mas afirmou que não iria "confirmar nem negar a identidade" dele.
Os policiais também ganharam tempo para interrogar outro suspeito, preso anteontem, identificado pela imprensa britânica como Tom Stephens, 37, empregado de uma rede de supermercados. Ele pode ficar detido até a próxima terça-feira, dia 26, quando os policiais precisam apresentar queixa ou liberá-lo.
Os dois homens, que não foram acusados formalmente, estão sendo interrogados como parte da investigação para elucidar o assassinato das cinco mulheres, com idades entre 19 e 29 anos.
Os cadáveres de Gemma Adams, Anneli Alderton, Tania Nicol, Paula Clennell e Annette Nicholls foram encontrados nus, entre os dias 2 e 12 deste mês, em áreas rurais nos arredores de Ipswich. Dois deles tinham sinais de estrangulamento.

Crítica à imprensa
Especialistas em mídia e promotores envolvidos com o caso criticaram ontem a imprensa britânica por divulgar o nome e o retrato de Tom Stephens, o primeiro suspeito preso.
A rede de TV BBC e o tablóide dominical "Sunday Mirror" divulgaram entrevistas com Stephens às vésperas de ele ser preso pela polícia britânica.
Os críticos argumentam que as entrevistas podem prejudicar as chances de um julgamento justo para o suspeito, caso ele seja acusado.
"Isso só alimenta especulação e prejudica o julgamento", disse o promotor Christopher Sallon, em entrevista à rede BBC. Ele ressaltou que, por determinação legal, as empresas jornalísticas precisam garantir que a cobertura de um crime não influencie eventuais decisões de um júri.
O vice-diretor da emissora, Adrian Van Klaveren, afirmou que tais aspectos foram levados em consideração e que a BBC considerou que a divulgação da entrevista "servia ao interesse público" e não prejudicaria o julgamento do caso.


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