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ORIENTE MÉDIO
Bombardeio é resposta a ação do grupo que matou soldado israelense; Israel acusa Síria, e EUA condenam Hizbollah
Israel ataca bases do Hizbollah no Líbano
DA REDAÇÃO
Israel lançou ontem um ataque
aéreo contra posições do grupo
extremista islâmico Hizbollah no
sul do Líbano, a poucos quilômetros da fronteira israelense. A
ação foi uma resposta à morte de
um soldado de Israel na divisa entre os dois países, anteontem.
Não há informações sobre vítimas no ataque israelense, que
atingiu as vilas de Zebqin e Wadi
Sluqi, perto da costa libanesa. Segundo autoridades libanesas, foram lançados pelo menos três
mísseis pelos aviões israelenses
em dois ataques aéreos.
Na ação do Hizbollah de anteontem, uma bomba provocou a
explosão de uma escavadeira israelense, causando a morte de um
soldado. O grupo afirma que o
veículo havia atravessado para o
lado libanês.
Israel, inicialmente, afirmou
que a escavadeira estava do lado
israelense. Porém, ontem, o comandante do Exército de Israel na
região, general Yair Golan, disse
que parte do veículo chegou a entrar um ou dois metros dentro do
território libanês apenas para que
fosse realizada uma manobra.
A Unifil (Forças Interinas das
Nações Unidas no Líbano) confirmou que o veículo israelense estava do lado libanês.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, acusou o Hizbollah
de forçar Israel a bombardear as
bases do grupo no sul do Líbano e
exigiu que a Síria suspendesse o
apoio ao grupo. "Considero lamentável que o Hizbollah tenha
sido a causa do ataque", afirmou.
Dore Gold, assessor do premiê
israelense, Ariel Sharon, afirmou
que a Síria é a responsável pelo
ataque por dar apoio ao Hizbollah. "O ataque do Hizbollah [de
anteontem] contra posições israelenses ilustra a duplicidade do regime sírio, que fala em paz e ao
mesmo tempo apóia o ação do
Hizbollah, que viola as resoluções
da ONU", disse.
Apesar de culpar Damasco, o
governo israelense, após quatro
horas de reunião, preferiu não
atacar a Síria para evitar uma escalada da violência na região.
O último ataque de Israel contra
posições do Hizbollah ocorreu
em agosto de 2003. A região está
relativamente calma desde maio
de 2000, quando Israel se retirou
do sul do Líbano.
O Hizbollah, considerado terrorista pelos EUA e por Israel, é um
partido político no Líbano, onde
possui uma rede de TV. No mundo árabe é visto como uma resistência contra Israel. Além da Síria,
o Irã apóia o grupo.
Um porta-voz do Hizbollah disse ontem que as lideranças do
grupo ainda vão determinar a data, o alvo e a magnitude da resposta ao ataque israelense.
Colonos
Seis colonos judeus e três soldados israelenses ficaram feridos
ontem em confrontos causados
após a chegada das tropas de Israel ao assentamento de Tapuah
(Cisjordânia) -que é desautorizado pelo governo israelense-,
onde elas tinham ordens de demolir uma sinagoga construída
ilegalmente. Foram presos 17 colonos. Parte da sinagoga foi demolida após autorização da Suprema Corte. Na faixa de Gaza, foram demolidas 25 casas em outro
assentamento desautorizado.
Com agências internacionais
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