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CONFRONTO INTER-RELIGIOSO
Violência sectária mata 460 na Nigéria, afirmam testemunhas
DA REDAÇÃO
Mais de 460 pessoas morreram desde domingo em
conflitos sectários entre cristãos e muçulmanos que voltaram a eclodir no centro da
Nigéria, segundo representante de mesquita local e ativistas de direitos humanos.
Desde o início da semana,
centenas de militares e policiais foram deslocados para o
Estado de Plateau e sua capital, Jos, foco dos conflitos.
"Nós encontramos mais de
200 corpos empilhados em
uma só mesquita e mais 22
em outra", disse Muhammad
Tanko Shittu, que vem organizando enterros coletivos.
A ONG Human Rights
Watch estimou, por outro lado, os cristãos mortos em 65.
Para as forças de segurança,
no entanto, o total de mortes
desde domingo é de 35, além
de 40 feridos e 168 detidos.
"Mais tropas chegaram, e a
situação agora está sob controle", afirmou o governo estadual. Segundo relatos, as
ruas de Jos e vilarejos nos arredores estão praticamente
desertos desde os conflitos.
A nova onda de violência
sectária teve início, também
conforme relatos, após discussões entre muçulmanos e
cristãos sobre a reconstrução das casas destruídas durante os enfrentamentos de
2008, nos quais estimadas
700 pessoas foram mortas.
Pelo menos desde 2001 a
Nigéria vivencia a erupção
esporádica de confrontos entre grupos cristãos -majoritários no sul do país- e muçulmanos -maioria no norte, sempre com um número
de vítimas na casa de centenas, quando não milhares.
Apesar do fundo religioso,
os enfrentamentos em geral
não possuem ligações com
grupos internacionais, e sim
com diferenças sobre o controle de terras na região central, segundo especialistas.
Com agências internacionais
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