São Paulo, quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

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CONFRONTO INTER-RELIGIOSO

Violência sectária mata 460 na Nigéria, afirmam testemunhas

DA REDAÇÃO

Mais de 460 pessoas morreram desde domingo em conflitos sectários entre cristãos e muçulmanos que voltaram a eclodir no centro da Nigéria, segundo representante de mesquita local e ativistas de direitos humanos.
Desde o início da semana, centenas de militares e policiais foram deslocados para o Estado de Plateau e sua capital, Jos, foco dos conflitos.
"Nós encontramos mais de 200 corpos empilhados em uma só mesquita e mais 22 em outra", disse Muhammad Tanko Shittu, que vem organizando enterros coletivos.
A ONG Human Rights Watch estimou, por outro lado, os cristãos mortos em 65. Para as forças de segurança, no entanto, o total de mortes desde domingo é de 35, além de 40 feridos e 168 detidos.
"Mais tropas chegaram, e a situação agora está sob controle", afirmou o governo estadual. Segundo relatos, as ruas de Jos e vilarejos nos arredores estão praticamente desertos desde os conflitos.
A nova onda de violência sectária teve início, também conforme relatos, após discussões entre muçulmanos e cristãos sobre a reconstrução das casas destruídas durante os enfrentamentos de 2008, nos quais estimadas 700 pessoas foram mortas.
Pelo menos desde 2001 a Nigéria vivencia a erupção esporádica de confrontos entre grupos cristãos -majoritários no sul do país- e muçulmanos -maioria no norte, sempre com um número de vítimas na casa de centenas, quando não milhares.
Apesar do fundo religioso, os enfrentamentos em geral não possuem ligações com grupos internacionais, e sim com diferenças sobre o controle de terras na região central, segundo especialistas.

Com agências internacionais



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