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Líderes cristãos criticam "guerra moral" de Blair
DA REUTERS
Líderes cristãos britânicos
questionaram ontem a alegação
do premiê Tony Blair de que há
argumentos morais convincentes
para declarar guerra ao Iraque.
No sábado, Blair, cristão praticante, disse: "Os argumentos morais contra uma guerra têm uma
resposta moral: os argumentos
morais para derrubar Saddam
[Hussein, o ditador iraquiano]".
"O premiê usou argumentos
morais e está certo em fazê-lo",
disse Richard Harries, bispo anglicano de Oxford. "Mas esses argumentos, no momento, não são
moralmente persuasivos."
O arcebispo de Canterbury, líder espiritual dos anglicanos, e o
cardeal Cormac Murphy-O'Connor, líder dos católicos ingleses e
galeses, descreveram a perspectiva de uma guerra no Iraque como
"profundamente perturbadora" e
pediram que as partes busquem a
paz pela ONU, mas também que o
Iraque cumpra suas resoluções.
O governo Blair disse que o apelo "é uma declaração equilibrada". Pesquisas apontam forte oposição popular à guerra.
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