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São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2003

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País se assusta com vizinho mais uma vez

DA REDAÇÃO

Depois de meses estimando que o arsenal iraquiano tivesse sido desmantelado ao final Guerra do Golfo (91), a população do Kuait voltou a temer ontem o poder de fogo do vizinho.
Quando cessaram as primeiras sirenes, por volta do meio-dia, parte da população passou a caminhar pela capital do país, Al Kuait, carregando máscaras supostamente para proteger-se de ataques químicos.
Muitos dos artefatos haviam sido improvisados pelos próprios usuários. "Mais uma vez, somos o alvo de Bagdá. Mas, como a todos só interessa falar do Iraque, não do Kuait, nos conformamos", disse Adel Mussa, um kuaitiano que preferiu ignorar as sirenes e ir à mesquita à noite "para limpar a alma e dormir tranquilo".
Por ordem do governo, as escolas e universidades ficarão fechadas por uma semana. Na TV, os avisos para que a população não saísse de casa eram acompanhados de canções patrióticas, com temática sobre a necessidade de ""o país manter-se unido e forte nos momentos de adversidade".
O ataque iraquiano também pode ter marcado o início do isolamento (ao menos em termos de comunicação) do Kuait. O governo teme que, nos próximos dias, a rede de telefonia local entre em pane. Ontem houve congestionamento por conta do enorme número de chamadas de kuaitianos que vivem no exterior em busca de informações sobre parentes.


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