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País se assusta
com vizinho
mais uma vez
DA REDAÇÃO
Depois de meses estimando que o arsenal iraquiano
tivesse sido desmantelado
ao final Guerra do Golfo
(91), a população do Kuait
voltou a temer ontem o poder de fogo do vizinho.
Quando cessaram as primeiras sirenes, por volta do
meio-dia, parte da população passou a caminhar pela
capital do país, Al Kuait, carregando máscaras supostamente para proteger-se de
ataques químicos.
Muitos dos artefatos haviam sido improvisados pelos próprios usuários. "Mais
uma vez, somos o alvo de
Bagdá. Mas, como a todos só
interessa falar do Iraque, não
do Kuait, nos conformamos", disse Adel Mussa, um
kuaitiano que preferiu ignorar as sirenes e ir à mesquita
à noite "para limpar a alma e
dormir tranquilo".
Por ordem do governo, as
escolas e universidades ficarão fechadas por uma semana. Na TV, os avisos para
que a população não saísse
de casa eram acompanhados de canções patrióticas,
com temática sobre a necessidade de ""o país manter-se
unido e forte nos momentos
de adversidade".
O ataque iraquiano também pode ter marcado o início do isolamento (ao menos
em termos de comunicação)
do Kuait. O governo teme
que, nos próximos dias, a rede de telefonia local entre em
pane. Ontem houve congestionamento por conta do
enorme número de chamadas de kuaitianos que vivem
no exterior em busca de informações sobre parentes.
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