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REAÇÃO NO MUNDO
Segundo presidente russo, Iraque não representa ameaça à segurança mundial
Putin pede fim rápido dos ataques
DA REDAÇÃO
O presidente russo, Vladimir
Putin, pediu o fim rápido das hostilidades contra o Iraque e questionou o argumento americano
de que o país representa uma
ameaça à segurança mundial.
Segundo Putin, o Iraque "não
apresenta nenhum perigo, nem a
seus vizinhos, nem a países da região ou ao redor do mundo, especialmente porque, após uma década de bloqueio, tornou-se um
Estado enfraquecido em termos
militares e econômicos".
O Iraque está sujeito a sanções
econômicas desde 1990, quando
invadiu o Kuait, desencadeando a
Guerra do Golfo (1991). Derrotado, o país comprometeu-se a
abrir mão de suas armas de destruição em massa, condição para
o fim das sanções. Mas, passados
12 anos, a ONU ainda não considera o Iraque desarmado, apesar
de o governo iraquiano sustentar
que não possui mais armas químicas, biológicas ou nucleares.
O tom da fala de Putin destoou
da relação amistosa desenvolvida
entre os EUA e a Rússia nos últimos anos, em especial após os
atentados de 11 de setembro, que
levaram os dois países a se aproximarem em nome da guerra contra o terrorismo.
Putin possui uma boa relação
com o presidente dos EUA, George W. Bush, a quem chama de
"amigo", mas ontem não houve
afagos ao colega americano. Segundo ele, a decisão dos EUA de
iniciarem a guerra contra o Iraque
minou a autoridade da ONU.
"Não menos preocupante é a
ameaça de colapso do sistema internacional de segurança", disse.
Segundo Putin, se o mundo estiver submetido ao direito dos poderosos, nenhum país estará seguro. "É por essas razões que a
Rússia insiste no final mais rápido
possível da ação militar."
A ONU é uma das poucas instituições internacionais nas quais a
Rússia mantém a influência que
possuía nos tempos da União Soviética (extinta em 1991), devido
ao assento permanente no Conselho de Segurança.
O país também teme ter sua
economia afetada pela guerra, no
caso de o conflito ser mais longo
do que se espera e aprofundar a
crise econômica internacional.
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