São Paulo, sexta-feira, 21 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

HAITI

Congresso atrasa e saída de tropas do Brasil é adiada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A demora do Congresso em aprovar a participação do Brasil na missão de paz da ONU no Haiti fez com que o Ministério da Defesa brasileiro tivesse de adiar o envio de suas primeiras tropas para o país do Caribe.
Pelo cronograma original, os primeiros homens das Forças Armadas deveriam deixar o país na próxima segunda-feira. Como o Senado aprovou o envio das tropas anteontem, só será possível embarcar os primeiros soldados e equipamentos na próxima quinta-feira. A Câmara havia aprovado a missão na semana passada.
O tenente-coronel Caio Márcio Coutinho, da comunicação social do Estado-Maior das Forças Armadas, afirmou que não haveria tempo hábil para preparar e planejar a viagem dos primeiros soldados até segunda-feira.
O atraso, no entanto, não atrapalhará a participação brasileira na missão da ONU, segundo Coutinho. A operação, que será liderada pelo Brasil, só começa oficialmente no dia 1º de junho. Os soldados brasileiros chegarão na sexta-feira, dia 29 de maio.
A missão precursora contará com 42 dos homens. O general Américo Salvador, o comandante das forças brasileiras, seguirá nesse grupo. Eles deixarão a base área de Canoas (RS) às 7h de quinta-feira, em cinco aviões Hércules.
Após escalas no Rio de Janeiro, em Brasília e em Boa Vista, os aviões seguem para Porto Príncipe. O pouso na capital haitiana está previsto para as 12h de sexta-feira. Os aviões levarão ainda dois jipes, geradores de energia e equipamentos de informática.
Dois dias após a partida de Salvador e seus homens, o general Heleno de Freitas, que chefiará todas as forças da ONU, deixará o Brasil com cerca de 150 homens.
No total, as forças brasileiras no Haiti serão de 1.200 homens. A missão de paz, como um todo, contará com cerca de 6.500 homens de diversas nacionalidades.
A última crise política haitiana culminou no exílio do presidente Jean-Bertrand Aristide em 28 de fevereiro, após confrontos entre manifestantes e forças leais ao governo que deixaram mais de 80 mortos. (ANDRÉ SOLIANI)


Texto Anterior: Saúde: EUA proíbem gays de doar sêmen
Próximo Texto: Iraque ocupado: Maioria no Iraque apóia Al Sadr, diz pesquisa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.