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HAITI
Congresso atrasa e saída de tropas do Brasil é adiada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A demora do Congresso em
aprovar a participação do Brasil
na missão de paz da ONU no Haiti fez com que o Ministério da Defesa brasileiro tivesse de adiar o
envio de suas primeiras tropas
para o país do Caribe.
Pelo cronograma original, os
primeiros homens das Forças Armadas deveriam deixar o país na
próxima segunda-feira. Como o
Senado aprovou o envio das tropas anteontem, só será possível
embarcar os primeiros soldados e
equipamentos na próxima quinta-feira. A Câmara havia aprovado a missão na semana passada.
O tenente-coronel Caio Márcio
Coutinho, da comunicação social
do Estado-Maior das Forças Armadas, afirmou que não haveria
tempo hábil para preparar e planejar a viagem dos primeiros soldados até segunda-feira.
O atraso, no entanto, não atrapalhará a participação brasileira
na missão da ONU, segundo Coutinho. A operação, que será liderada pelo Brasil, só começa oficialmente no dia 1º de junho. Os
soldados brasileiros chegarão na
sexta-feira, dia 29 de maio.
A missão precursora contará
com 42 dos homens. O general
Américo Salvador, o comandante
das forças brasileiras, seguirá nesse grupo. Eles deixarão a base área
de Canoas (RS) às 7h de quinta-feira, em cinco aviões Hércules.
Após escalas no Rio de Janeiro,
em Brasília e em Boa Vista, os
aviões seguem para Porto Príncipe. O pouso na capital haitiana está previsto para as 12h de sexta-feira. Os aviões levarão ainda dois
jipes, geradores de energia e equipamentos de informática.
Dois dias após a partida de Salvador e seus homens, o general
Heleno de Freitas, que chefiará todas as forças da ONU, deixará o
Brasil com cerca de 150 homens.
No total, as forças brasileiras no
Haiti serão de 1.200 homens. A
missão de paz, como um todo,
contará com cerca de 6.500 homens de diversas nacionalidades.
A última crise política haitiana
culminou no exílio do presidente
Jean-Bertrand Aristide em 28 de
fevereiro, após confrontos entre
manifestantes e forças leais ao governo que deixaram mais de 80
mortos.
(ANDRÉ SOLIANI)
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