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McCain ataca Obama e descarta falar com Cuba
DA REDAÇÃO
O virtual candidato republicano à Presidência dos EUA,
John McCain, afirmou ontem
que um "diálogo sem precondições" com o dirigente cubano,
Raúl Castro, passaria "a pior
mensagem possível à ditadura
[da ilha]", em novo ataque ao
senador Barack Obama, favorito à candidatura democrata.
Durante uma entrevista, em
julho de 2007, Obama afirmara
que se encontraria sem precondições com líderes de países
que os EUA consideram hostis.
Em 2003, quando candidato ao
Senado, ele se declarou favorável à normalização das relações
com Cuba. Depois recuou: defende o diálogo com o país caso
Havana tome "medidas significativas rumo à democracia".
Falando em Miami a uma
platéia repleta de exilados cubanos, o senador descartou a
eventual suspensão do embargo econômico contra a ilha e
prometeu iniciar diálogos internacionais para formular um
plano pós-Castro, caso eleito.
McCain prometeu ainda aumentar a ajuda aos "que desafiam valentemente o regime todos os dias". O pacote inclui reforçar o orçamento da rádio e
da TV mantidos por Washington para a audiência da ilha.
Cuba, que vê ingerência dos
EUA em suas questões internas, acusou o principal diplomata americano na ilha, Michael Parmly, de entregar dinheiro a oposicionistas e fazer
intermediação entre exilados e
grupos dissidentes. Washington não confirma o intermédio
de Parmly, mas não nega a ajuda financeira, parte da chamada "ajuda humanitária" que
McCain promete aumentar.
Para deleite do público anticastrista, o republicano comparou um diálogo com o governo
cubano à possibilidade uma
conversa com o Aldof Hitler na
Segunda Guerra (1939-45).
A visita a Miami busca consolidar o apoio dos cubano-americanos -tradicionais eleitores
do Partido Republicano, eles
são hoje menos conservadores
que no passado. Algumas propostas de Obama têm forte apelo para quem tem familiares na
ilha, como o fim de restrições às
viagens e ao envio de dinheiro.
Parte da minoria de Estados
onde nenhum dos partido tem
um favoritismo claro, a Flórida
pode ser decisiva nas eleições
presidenciais de novembro.
McCain atacou também a posição de Obama e de Hillary
Clinton ao Tratado de Livre
Comércio com a Colômbia, paralisado no Congresso, e prometeu inaugurar uma nova
parceria com a América Latina.
Ele prometeu trabalhar para
que a Venezuela e Bolívia não
trilhem "o mesmo caminho fracassado" de Cuba "fortalecer os
laços com países-chaves, como
Brasil, Peru e Chile".
Com agências internacionais
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