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ONGs vêem ameaça política na iniciativa
DE NOVA YORK
Diretores de organizações não-governamentais vêem a possibilidade de ameaça política no lançamento do NGOWatch. "É estranho que eles visem sobretudo
grupos ambientalistas e de defesa
dos direitos humanos", diz John
Passacantando, diretor-executivo
do Greenpeace americano.
"Se a atividade privada de um
instituto se transformar em atividade pública, aí a gente tem que se
manifestar. É um risco que de fato
existe", afirma Marcos Neto, vice-diretor para a América Latina da
CARE International.
As ONGs temem que o governo
americano utilize conclusões dos
relatórios da AEI para decidir como distribuir recursos de determinados programas nos quais as
organizações entram como subcontratadas. Embora algumas entidades -caso do Greenpeace-
digam não aceitar dinheiro de governos ou corporações, 30% dos
recursos das ONGs dos EUA têm
origem no caixa público.
Essa transferência acontece em
casos como o dos trabalhos em
andamento no Iraque. Quatro
ONGs atuam hoje como subcontratadas no país, em contratos
que totalizam US$ 7 milhões,
montante considerado pequeno
diante dos acordos feitos com
empresas privadas.
As ONGs dizem, no entanto,
não ter o que temer: "Nenhuma
instituição está mais interessada
em transparência e "accountability" das ONGs do que nós. Não temos nada a esconder", diz Sid
Balman, porta-voz da Interaction,
que reúne 165 organizações não-governamentais dos EUA.
(RD)
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