UOL


São Paulo, sábado, 21 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ONGs vêem ameaça política na iniciativa

DE NOVA YORK

Diretores de organizações não-governamentais vêem a possibilidade de ameaça política no lançamento do NGOWatch. "É estranho que eles visem sobretudo grupos ambientalistas e de defesa dos direitos humanos", diz John Passacantando, diretor-executivo do Greenpeace americano.
"Se a atividade privada de um instituto se transformar em atividade pública, aí a gente tem que se manifestar. É um risco que de fato existe", afirma Marcos Neto, vice-diretor para a América Latina da CARE International.
As ONGs temem que o governo americano utilize conclusões dos relatórios da AEI para decidir como distribuir recursos de determinados programas nos quais as organizações entram como subcontratadas. Embora algumas entidades -caso do Greenpeace- digam não aceitar dinheiro de governos ou corporações, 30% dos recursos das ONGs dos EUA têm origem no caixa público.
Essa transferência acontece em casos como o dos trabalhos em andamento no Iraque. Quatro ONGs atuam hoje como subcontratadas no país, em contratos que totalizam US$ 7 milhões, montante considerado pequeno diante dos acordos feitos com empresas privadas.
As ONGs dizem, no entanto, não ter o que temer: "Nenhuma instituição está mais interessada em transparência e "accountability" das ONGs do que nós. Não temos nada a esconder", diz Sid Balman, porta-voz da Interaction, que reúne 165 organizações não-governamentais dos EUA. (RD)


Texto Anterior: EUA: Grupo próximo a Bush quer fiscalizar ONGs
Próximo Texto: Lei: Cúpula da União Européia dá sinal verde ao projeto de Constituição
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.