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Em entrevistas, Clinton defende Bush
DA REDAÇÃO
O ex-presidente americano Bill
Clinton defendeu ontem George
W. Bush e a queda do ex-ditador
Saddam Hussein, apesar de afirmar que ele não teria iniciado a
Guerra do Iraque antes de os inspetores das Nações Unidas terem
terminado seu trabalho.
"Tenho repetidamente defendido Bush dos ataques da esquerda
sobre o Iraque, apesar de achar
que ele deveria ter esperado até a
ONU ter finalizado as inspeções
no país", disse à revista "Time".
Clinton reafirmou sua crítica de
que a invasão teria ocorrido mais
cedo do que deveria no programa
"60 Minutos", da rede CBS.
Em entrevistas para divulgar o
lançamento de sua autobiografia,
chamada "Minha Vida", Clinton
disse que não acredita que os EUA
tenham atacado o Iraque por razões "imperialistas ou financeiras", e sim porque Bush "comprou" as avaliações de Paul Wolfowitz, vice-secretário da Defesa,
e do vice-presidente Dick Cheney
de que, com a guerra, "os iraquianos estariam numa situação melhor, os Estados Unidos conseguiriam "sacudir" os regimes autoritários árabes no Oriente Médio e
aumentaria a possibilidade de paz
entre israelenses e palestinos".
Os resultados, no entanto, não
foram bem esses, disse.
Apesar de concordar em que a
queda de Saddam Hussein deixou
o mundo um pouco mais seguro e
em que o povo iraquiano está melhor sem o ex-ditador, Clinton
afirmou que a captura de Saddam
Hussein tornou o Iraque mais
vulnerável ao terrorismo.
"Mas qualquer sociedade aberta
estará mais vulnerável que qualquer tirania", completou o ex-presidente.
11 de Setembro
A comissão independente que
investiga o 11 de Setembro afirmou ontem que há indicações de
que um proeminente membro da
Al Qaeda serviu na milícia de Saddam Hussein.
O republicano John Lehman, da
comissão, disse que, se for provada, a informação dará suporte às
declarações da administração
Bush de que havia laços entre o
Iraque e a rede terrorista e mostrará que "Cheney estava certo
quando dizia que ele podia ter dados que nós não tínhamos ainda".
O congressista americano disse
que "a inteligência americana não
funciona, tem graves defeitos e
precisa de mudanças fundamentais".
Com agências internacionais
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