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FRANÇA
Sob críticas, Sarkozy promete manter agenda de reformas
DO "INDEPENDENT", EM PARIS
Ante os primeiros sinais de
resistência a suas reformas e
à fúria silenciosa despertada
em seu próprio campo pelo
gabinete diversificado que
formou, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou ontem que não mudará
seu plano político.
"A porta para a mudança
de rumo está fechada", disse
ele a membros de seu partido
de centro-direita, a União
por um Movimento Popular
(UMP). "Tudo o que prometi
mudar, vou mudar."
As eleições parlamentares
do último domingo não foram a vitória arrasadora que
tinha sido prometida à centro-direita. O governo ampliado e modificado de Sarkozy se abriu mais do que
nunca à esquerda e ao centro, às mulheres e às minorias raciais -mas deixou um
sabor amargo nas bocas de
políticos jovens, homens e
brancos de centro-direita
aos quais foram negados cargos no governo.
Ontem, Sarkozy fez um
discurso inesperadamente
longo e detalhado para defender suas escolhas e prometer que não haverá afrouxamento de seu programa de
reformas fiscais e sociais.
Ele ainda se recusou a retroceder quanto ao plano de
aumentar o imposto de valor
agregado (TVA) para reduzir
o ônus tributário sobre as
empresas. Disse que um aumento na alíquota do imposto, para pagar parte dos custos da saúde e do salário-desemprego, será introduzido
"de forma experimental" e,
se der certo, convertido em
algo permanente.
A discussão sobre o TVA
foi em parte responsável pela
performance da UMP no segundo turno. Apesar de obter maioria, o partido perdeu
50 cadeiras em relação ao último Parlamento.
Tradução de CLARA ALLAIN
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