São Paulo, quinta-feira, 21 de junho de 2007

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FRANÇA

Sob críticas, Sarkozy promete manter agenda de reformas

DO "INDEPENDENT", EM PARIS

Ante os primeiros sinais de resistência a suas reformas e à fúria silenciosa despertada em seu próprio campo pelo gabinete diversificado que formou, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou ontem que não mudará seu plano político.
"A porta para a mudança de rumo está fechada", disse ele a membros de seu partido de centro-direita, a União por um Movimento Popular (UMP). "Tudo o que prometi mudar, vou mudar." As eleições parlamentares do último domingo não foram a vitória arrasadora que tinha sido prometida à centro-direita. O governo ampliado e modificado de Sarkozy se abriu mais do que nunca à esquerda e ao centro, às mulheres e às minorias raciais -mas deixou um sabor amargo nas bocas de políticos jovens, homens e brancos de centro-direita aos quais foram negados cargos no governo.
Ontem, Sarkozy fez um discurso inesperadamente longo e detalhado para defender suas escolhas e prometer que não haverá afrouxamento de seu programa de reformas fiscais e sociais. Ele ainda se recusou a retroceder quanto ao plano de aumentar o imposto de valor agregado (TVA) para reduzir o ônus tributário sobre as empresas. Disse que um aumento na alíquota do imposto, para pagar parte dos custos da saúde e do salário-desemprego, será introduzido "de forma experimental" e, se der certo, convertido em algo permanente.
A discussão sobre o TVA foi em parte responsável pela performance da UMP no segundo turno. Apesar de obter maioria, o partido perdeu 50 cadeiras em relação ao último Parlamento.


Tradução de CLARA ALLAIN


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