São Paulo, sábado, 21 de junho de 2008

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CHILE

Estudantes ocupam catedral e sedes da ONU em protesto

DA REDAÇÃO

Cerca de 30 estudantes secundaristas e universitários foram presos ontem no Chile, após protestos contra a nova LGE (Lei Geral da Educação), aprovada quinta-feira por 96 votos a 12 na Câmara dos Deputados.
Durante a manhã de ontem, grupos de manifestantes tentaram bloquear o trânsito em avenidas de Santiago, mas foram desmobilizados pela polícia, que prendeu oito pessoas.
Os protestos continuaram com a ocupação de vários órgãos públicos e privados da capital, entre eles a Secretaria Municipal de Educação, invadida por 20 estudantes. Outros 30 tomaram o antigo Congresso Nacional, mas foram retirados pela polícia.
Cerca de dez estudantes também ocuparam a sede regional da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). A polícia tentou expulsá-los, mas a diretora do órgão, Rosa Blanco, permitiu que permanecessem no lugar, onde leram um comunicado de protesto à LGE.
O edifício da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a catedral católica metropolitana e a sede da Câmara dos Deputados em Santiago também foram invadidos por manifestantes.
Uma marcha de estudantes, que saía do bairro de Providencia para o centro da capital, foi reprimida pela polícia e 25 jovens acabaram presos. Todas as mobilizações foram arquitetadas pela Federação de Estudantes da Universidade do Chile, com o objetivo de "ler um comunicado público contra a LGE e fazer outras demandas do movimento estudantil em prol do ensino público".
Há semanas professores e estudantes protestam, pedindo a revisão da lei -criada para substituir a Loce, que na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) municipalizou a escola pública e instituiu subsídios à rede privada.
Para convencer a oposição e tentar aplacar os ânimos populares, o governo lançou na quinta-feira um projeto de lei separado que vai rever o custeio do ensino público.
O sindicato nacional dos professores, em greve desde o início da semana, prometeu mais mobilizações contra a lei, que agora segue para votação em Senado.


Com agências internacionais.


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