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Após falha em míssil, Líbia diz que Otan matou mais 15 civis
Ataque de ontem atingiu residência de funcionário do governo
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O regime do ditador líbio Muammar Gaddafi afirmou que 15 civis foram mortos na manhã de ontem em um bombardeio da Otan (aliança militar ocidental). O ataque aconteceu um dia após a aliança militar admitir que falha em um míssil causou mortes entre civis.
O governo da Líbia levou a imprensa internacional ao local do bombardeio de ontem, em Surman, a 70 km de Trípoli. A edificação atacada era a casa de Khouildi Hamidi, um funcionário de alto escalão do regime de Gaddafi.
Ao menos nove corpos, dois de crianças, -todos supostas vítimas do bombardeio- foram apresentados a repórteres em um hospital.
A Otan afirmou ter atingido "um alvo militar legítimo", que seria uma estrutura de comando do regime.
Mais cedo, a aliança militar havia negado ter realizado bombardeios na área.
Apesar de admitir o bombardeio, a Otan não confirmou a existência de vítimas civis e negou que Hamidi tenha sido o alvo da ação. O governo líbio disse que ele não se machucou.
"O ataque degradará a habilidade do regime de continuar a campanha bárbara contra o povo da Líbia", disse o general da Otan Charles Bouchard.
FALHA
No domingo, a Otan afirmou pela primeira vez que uma falha em um sistema de armas fez com que uma casa onde estavam diversos civis fosse atingida por um míssil.
O ataque aconteceu no mercado de Juma, na capital Trípoli. O objetivo da Otan era atingir instalações e lançamento de mísseis.
O porta-voz do governo líbio, Musa Ibrahim, disse que nove pessoas morreram, sendo cinco delas da mesma família, e outras 18 ficaram feridas na ação.
As mortes de civis em ataques da Otan foram alvo ontem de críticas ao chanceler italiano Franco Frattini.
"A Otan está colocando sua credibilidade em risco, nós não podemos correr o risco de matar civis", disse.
A principal justificativa da intervenção internacional na Líbia é a proteção de civis.
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