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DIPLOMACIA
Intenção brasileira era buscar "reinserção" da ilha
Grupo do Rio rejeita proposta do Brasil para se aproximar de Cuba
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil sofreu ontem uma derrota diplomática no Grupo do
Rio. Sua proposta de aproximação entre o grupo, que reúne 19
países latino-americanos, e Cuba
foi vetada. Alguns dos membros,
reunidos ontem, em Brasília, não
se sentiram confortáveis com o tema, que não agrada aos EUA.
"Alguns consideraram que o tema seja sensível e que eram necessárias mais consultas. Eu diria que
não foram muitos", afirmou o
chanceler Celso Amorim, após o
encerramento da reunião do grupo -única entidade de consultas
políticas de alto nível estritamente
latino-americana, criada em 1986.
Anteontem, Amorim fez a proposta dizendo que era preciso
"reinserir Cuba no seio da família
latino-americana". "Queremos
ter um diálogo mais amplo e permanente sobre as questões do
continente para que elas sejam resolvidas pelo diálogo, pela conciliação e pela paz."
O assunto foi motivo de longas
conversas ontem. A maior resistência foi de países centro-americanos. O Peru e a Argentina deram apoio à proposta.
"Houve uma primeira quebra
de gelo sobre Cuba", disse Amorim, ao sinalizar que o assunto deve voltar a ser discutido. Ele esclareceu que não se tratava de integrar Cuba formalmente ao grupo.
A ilha também não está na OEA
(Organização dos Estados Americanos), principal fórum de discussões políticas das Américas
-foi suspensa em 1962, por pressão americana.
Segundo diplomatas citados pela agência de notícias Efe, a tentativa brasileira em favor de Cuba
foi motivada pela vontade de estabelecer pontes de diálogo quando
houver a sucessão de Fidel.
Com agências internacionais
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