DA REDAÇÃO

Frei Betto refutou a acusação de que "apóia o regime oligárquico cubano", argumentando que, "como cristão", tem o dever de "defender o socialismo".
"Oswaldo Payá não entendeu meu trabalho nem o que escrevi", disse Frei Betto à Folha. "Em 81, fui convidado pelo governo e pelos bispos cubanos a fazer um esforço de aproximação entre o Estado e a igreja."
Para o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dois pontos devem ser destacados de seu trabalho em Cuba, que durou 11 anos.
"O livro "Fidel e a Religião", que é o resultado de meu trabalho em Cuba, teve duas consequências: o Estado deixou de ser ateu e passou a ser laico, o que me rendeu um agradecimento do papa, e o estatuto do Partido Comunista foi alterado, passando a permitir a adesão de pessoas não-atéias."
"Sempre defendi a tese de que a humanidade só terá futuro se adotar um sistema socialista. Porém não considero o modelo soviético ou o cubano apropriados para o Brasil."
Frei Betto afirmou que "respeita a Revolução Cubana [1959], pois ela permitiu a melhora dos índices sociais da maioria da população, não só de uma minoria". (MSM)


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