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Ações contra
tabaco crescem
na Europa
DO "NEW YORK TIMES"
Apesar de a Europa ainda estar longe dos EUA quanto a
persuadir as pessoas a parar de
fumar, governos europeus começam a focar os perigos e os
custos do hábito de forma mais
agressiva do que nunca.
A partir de 1º de janeiro de
2004, a Irlanda será o primeiro
país europeu a proibir o fumo
em bares. A medida é tão ousada e restritiva num país devotado a cultura dos pubs que poucos acreditam em seu sucesso.
Esse é um ataque radical contra o fumo, sobretudo para um
país europeu, mas a Irlanda
não é a única. Num sinal de que
o movimento antitabagista ganha espaço na Europa ocidental, onde fumar é tanto um
meio de expressão quanto um
hábito, uma série de países está
aprovando leis restritivas. "Há
um ímpeto nesse tema", disse
Tom Power, da divisão de controle de tabaco da Irlanda.
Dois outros países, a Noruega
e a Holanda, aprovaram proibições ao fumo em bares e restaurantes. No primeiro, começará a vigorar no inverno no
hemisfério Norte. No segundo,
onde houve um furor contrário, passará a valer em 2005.
Alguns países aumentaram
com rigor os impostos sobre o
tabaco, uma medida que prejudica as vendas e aumenta as receitas estatais. Até mesmo na
Grécia, que tem um número de
fumantes bastante elevado, é
esperada a ampliação das restrições em 2004, quando o país
abrigará as Olimpíadas.
Na Europa ocidental, advertências, solicitadas pela União
Européia (UE), entraram nos
maços de cigarro. As mensagens, que cobrem de 30% a
40% do espaço, avisam que
"fumar mata" ou "pode causar
uma morte lenta e dolorosa".
A UE aprovou, no final de
2002, a proibição a propagandas tabagistas no rádio, na TV e
na imprensa a partir de julho
de 2005, algo que muitos países
já implementaram. Proíbe ainda o patrocínio a eventos esportivos, como a F-1, a partir
do início do mesmo ano.
A indústria do tabaco combate muitas das iniciativas e até
contesta judicialmente outras,
mas não parece preocupada
com os índices de venda na Europa. A British American Tobacco, a segunda maior do ramo no mundo, anunciou recentemente a compra da Ente
Tabacchi Italiani, que era estatal, por US$ 2,6 bilhões.
Para um representante do setor, uma coisa é criar leis antitabagistas, e outra, fazer que sejam cumpridas. Muitos países
europeus têm restrições que
são ignoradas. Os envolvidos
no combate ao fumo reconhecem que a batalha será difícil na
Europa, sobretudo nas regiões
central e sul. Um terço da população adulta européia fuma.
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