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Escolas privadas têm currículo independente
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No Reino Unido, "public
schools" -ou escolas privadas- são aquelas mantidas
por igrejas, empresas ou fundações, sem financiamento
do Estado. A maioria cobra
mensalidade dos alunos. É o
caso dos famosos internatos
freqüentados pela elite inglesa e outros colégios menos badalados.
Como no Brasil, os estudantes do setor privado costumam ter um melhor desempenho nos testes acadêmicos. Mas, ao contrário daqui, as escolas particulares
têm grande flexibilidade, não
estando obrigadas a seguir a
grade curricular nacional.
Entrar no sistema público
significa adotar o currículo
nacional, ao qual muitos desses colégios resistem.
Já as "state schools" são
equivalentes às nossas escolas públicas. Mas nelas também há diferenças. Depois
do ensino primário, além dos
colégios comuns, há "grammar schools" -instituições
acadêmicas de ingresso seletivo, semelhantes ao antigo
ginásio- e academias ou escolas especializadas -com
um enfoque particular, como
o técnico ou artístico.
No governo Thatcher
(1979-90), foi dada aos distritos autoridade para abolir a
distinção entre colégios mais
e menos acadêmicos. Com
isso, muitos distritos aboliriam os rigorosos colégios
públicos seletivos, tidos como elitistas, sob aplausos dos
eleitores. Eles começaram
desde então a diminuir.
Os trabalhistas, adversários históricos das "grammar
schools", não podem arcar
com o custo político de extingui-las por decreto. O flerte com as escolas privadas e
religiosas é mais que uma necessidade de expansão: é um
plano B na diversificação e
melhoria do ensino.(CF)
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