São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007

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Escolas privadas têm currículo independente

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No Reino Unido, "public schools" -ou escolas privadas- são aquelas mantidas por igrejas, empresas ou fundações, sem financiamento do Estado. A maioria cobra mensalidade dos alunos. É o caso dos famosos internatos freqüentados pela elite inglesa e outros colégios menos badalados.
Como no Brasil, os estudantes do setor privado costumam ter um melhor desempenho nos testes acadêmicos. Mas, ao contrário daqui, as escolas particulares têm grande flexibilidade, não estando obrigadas a seguir a grade curricular nacional. Entrar no sistema público significa adotar o currículo nacional, ao qual muitos desses colégios resistem.
Já as "state schools" são equivalentes às nossas escolas públicas. Mas nelas também há diferenças. Depois do ensino primário, além dos colégios comuns, há "grammar schools" -instituições acadêmicas de ingresso seletivo, semelhantes ao antigo ginásio- e academias ou escolas especializadas -com um enfoque particular, como o técnico ou artístico.
No governo Thatcher (1979-90), foi dada aos distritos autoridade para abolir a distinção entre colégios mais e menos acadêmicos. Com isso, muitos distritos aboliriam os rigorosos colégios públicos seletivos, tidos como elitistas, sob aplausos dos eleitores. Eles começaram desde então a diminuir.
Os trabalhistas, adversários históricos das "grammar schools", não podem arcar com o custo político de extingui-las por decreto. O flerte com as escolas privadas e religiosas é mais que uma necessidade de expansão: é um plano B na diversificação e melhoria do ensino.(CF)

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