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REINO UNIDO
Após escândalos que abalaram a imagem da família real, só 43% acreditam que o país ficaria pior sem ela
Cai apoio à realeza britânica, diz pesquisa
DA REDAÇÃO
O apoio à família real britânica
caiu ao seu nível mais baixo nas
últimas décadas após os escândalos que envolveram, entre outros
casos, o julgamento do ex-mordomo da princesa Diana.
Pesquisa do instituto ICM publicada ontem pelo diário "The
Guardian" mostra que só 43% da
população acredita que o Reino
Unido ficaria pior se a monarquia
fosse abolida. Em maio, pouco
após a morte da rainha-mãe, 59%
pensavam a mesma coisa.
Esses números contrastam com
a aprovação à monarquia em índices superiores a 70% no final da
década de 80 e durante a maior
parte dos anos 90.
A parcela da população que
acha hoje que o país melhoraria
sem a rainha Elizabeth 2ª e os seus
familiares, entretanto, cresceu
pouco: de 27% para 31%.
O percentual dos entrevistados
que dizem não saber ou não se
importar com o tema subiu de
14% para 26%.
Paul Burrell, ex-mordomo de
Diana, foi acusado de roubar centenas de objetos pertencentes a
ela. O julgamento foi cancelado
após a rainha confirmar repentinamente que ele a havia avisado
de que levaria algumas coisas para guardá-las num local seguro.
A imagem da família real foi
prejudicada também por uma série de entrevistas que Burrell concedeu a um tablóide sensacionalista. Ele relatou detalhes sobre o
colapso do casamento de Diana
com o príncipe Charles (herdeiro
do trono britânico) e contou ter
ajudado alguns homens a entrar
clandestinamente no palácio de
Kensington para visitar a mulher
de Charles.
O ano do Jubileu de Ouro (50
anos de reinado) de Elizabeth 2ª
foi manchado ainda pelas denúncias de um empregado da corte do
príncipe Charles, George Smith,
de que teria sido atacado sexualmente por outro serviçal.
Além disso, a imprensa do país
tem denunciado casos de funcionários da monarquia que roubam
presentes oficiais dados por chefes de Estado estrangeiros à família real para revendê-los no mercado negro.
A sondagem publicada ontem
afirma que 60% dos entrevistados
pensam que o caso Burrell prejudicou a família real. Mas só 22%
disseram acreditar que os danos
causados pelos escândalos serão
de longo prazo.
A recente série de escândalos
pode pôr a perder os esforços de
Elizabeth 2ª para se aproximar de
seus súditos e melhorar a sua imagem -iniciativa adotada após a
morte da princesa Diana, em
agosto de 1997.
Como de costume no Reino
Unido, a monarquia continua a
ter seus maiores índices de aprovação entre os britânicos mais velhos e identificados com o Partido
Conservador (atualmente na
oposição).
Jovens e trabalhistas, por outro
lado, são mais críticos com relação à Casa de Windsor.
Com agências internacionais
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