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GUERRA SEM LIMITES
Anomalia em sistema acusou a violação do espaço aéreo ao redor da sede do governo americano
Alarme falso faz Casa Branca ser esvaziada
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Uma pequena anomalia em um
radar provocou ontem o esvaziamento de parte da Casa Branca,
uma corrida para tirar de circulação o vice-presidente dos EUA,
Dick Cheney, e uma enorme confusão no centro de Washington,
com dezenas de ruas fechadas e
policiais armados.
Pouco depois das 9h (12h em
Brasília), um radar do Comando
de Defesa Aeroespacial dos EUA
acusou uma violação do espaço
aéreo em torno da Casa Branca.
Na sequência, dois caças F-16
foram enviados para sobrevoar o
local, e agentes do serviço secreto
iniciaram o esvaziamento da sede
do governo americano. Mas não
foi constatada a presença de qualquer aeronave ou objeto voador
no raio de quase 4 km, a partir da
Casa Branca, fixado como restrito
desde o 11 de Setembro.
Mesmo assim, os dois caças ainda continuaram por um bom
tempo sobrevoando o local e chamando a atenção das pessoas que
circulavam no centro da cidade.
A manhã de tensão em Washington deu-se na sequência dos
atentados terroristas contra alvos
britânicos na Turquia e levou centenas de curiosos para as proximidades da Casa Branca.
Policiais armados com fuzis tiveram de gritar para afastar curiosos e alguns turistas que tentavam
fotografar os funcionários da Casa Branca saindo do edifício.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, em visita ao Reino Unido, não estava no local. Cheney,
que ocupava a Casa Branca na ausência do presidente, foi retirado
do local em um comboio de automóveis e levado para um local não
informado. Mais tarde, um porta-voz do Comando de Defesa Aeroespacial afirmou que o ponto
luminoso sinalizado no radar e
que causou a confusão poderia
ser o resultado de distúrbios atmosféricos ou ter sido provocado
por uma revoada de pássaros de
maiores proporções.
Não foi descartado também um
defeito no próprio sistema.
Pouco depois, o serviço secreto
liberou a área para que os funcionários -e turistas- voltassem
às suas atividades. Há dez dias,
um pequeno avião também invadiu o espaço restrito em torno da
sede do governo americano e foi
interceptada por caças da Força
Aérea dos EUA.
Os mesmos radares de ontem
acusaram, na ocasião, a presença
da aeronave. O piloto alegou ter
feito uma "barbeiragem" e pediu
desculpas às autoridades.
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