São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2000


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TAIWAN
Parlamento autoriza o comércio com a China

das agências internacionais

O Parlamento de Taiwan aprovou ontem o fim da proibição de comércio direto, transporte e correio com a China, que já durava cinco décadas, abrindo a possibilidade de comércio limitado entre suas ilhas e cidades chinesas.
Apesar de ser simbólica em termos econômicos, a medida é um sinal de boa vontade enviado por Taipé a Pequim, três dias após a vitória de Chen Shui-bian na eleição presidencial. Seu Partido Democrático Progressista (DPP) defende a independência da ilha.
Empresários saudaram a medida como um marco, que deverá resultar em mais abertura comercial no futuro. No entanto apenas ilhas fortificadas, que fazem parte do mecanismo de defesa contra o continente, poderão por enquanto se beneficiar da medida.
O alívio causado pela aparente tranquilidade do governo chinês desde a eleição de Chen propiciou a recuperação da Bolsa de Valores de Taipé ontem. O principal índice da Bolsa subiu durante o dia todo e fechou em alta de 5,49%.
Porém muitos investidores internacionais preferiram esperar uma clara reação de Pequim.
A reação veio apenas após o fechamento da Bolsa, no início da noite de ontem. O primeiro-ministro chinês, Zhu Rongji, que recebia o presidente do Congo, Sassu Nguesso, afirmou que seu país "jamais negociaria com pessoas ou partidos políticos favoráveis à independência de Taiwan".
Já o presidente chinês, Jiang Zemin, que recebia o embaixador dos EUA junto à ONU, Richard Holbrooke, declarou: "Taiwan é o maior obstáculo para o desenvolvimento das relações entre China e Estados Unidos."
Também na noite de ontem, o DPP anunciou que abrirá discussões visando retirar de seu programa a polêmica cláusula que exige a independência da ilha.



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