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Fluxo de refugiados não começou, diz ONU
DA REDAÇÃO
Por enquanto ainda não começou o esperado fluxo de refugiados do Iraque, segundo afirmaram autoridades da ONU ontem.
Elas ressaltaram, no entanto, que
ainda é muito cedo para dizer que
ele não acontecerá.
As Nações Unidas também alertaram para o risco de uma crise
humanitária sem precedentes no
Iraque, com falta de comida, de
assistência médica e de outras necessidades básicas nos próximos
dias ou semanas.
A Unicef (Unicef Fundo das Nações Unidas para a Infância) disse
que 600 crianças órfãs ou incapazes de quatro instituições de auxílio no Iraque já estão desesperadamente precisando de comida.
Um dos motivos para que refugiados não estejam saindo do país
podem ser as movimentações militares no deserto, que separa a
Jordânia do Iraque, disse Peter
Kessller, porta-voz da do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).
Ele citou a informação não confirmada de que uma ponte foi
destruída na única estrada que leva do Iraque para a Jordânia, que
estaria dificultando a passagem
de veículos.
O Acnur não informações de
iraquianos que tenham travessado a fronteira do Iraque com a
Jordânia, Síria, Turquia e Irã.
Autoridades do Acnur disseram, no entanto, que cerca de 500
pessoas de outros países que estavam no Iraque, a maioria composta por estudantes e trabalhadores do Sudão, entraram na Jordânia desde a quarta-feira.
Um grupo de 140 sudaneses deveriam embarcar para seu país
ainda ontem em um avião fretado
pela entidade.
Outros 160 pretendem permanecer por enquanto na Jordânia
porque temem ser perseguidos.
"Nós iremos conversar com
eles, pois não sabemos se eles pretendem pedir asilo político", disse
Kessler, do Acnur.
Unicef
A Unicef disse que a perigosa situação dentro do Iraque está impedindo que dois caminhões carregados de comida consigam
atravessar a fronteira da Jordânia
para o Iraque e, posteriormente,
chegar a Bagdá.
O destino dos alimentos são
centenas de crianças de instituições de caridades existentes na capital iraquiana. A mesma situação
estaria ocorrendo em Karbala, no
sul do país.
"Em 1991, muitas crianças morreram em instituições de caridade
em Bagdá", disse Geoff Keele,
porta-voz da Unicef em Amã, se
referindo à Guerra do Golfo.
"Está claro que o Iraque está a
beira de uma crise humanitária e
a Unicef está diante possivelmente da mais ampla e complexa operação humanitária que nós já lidamos", afirmou a porta-voz da entidade em Genebra, Wivina Belmonte.
A ONU ajuda a regular a distribuição de comida no Iraque.
Com agências internacionais
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