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Campos de petróleo no sul são tomados
DA REDAÇÃO
A coalizão liderada pelos EUA
já ocupa parte da infra-estrutura
petrolífera do sul do Iraque, incluindo o campo de Rumeila,
considerada a maior reserva daquela região. A maioria das instalações está intacta, segundo o governo britânico, que também afirma que o Iraque incendiou sete poços de petróleo.
A preservação da infra-estrutura petrolífera é considerada prioritária pela campanha militar liderada pelos EUA. O custo total da operação, que pode beirar os
US$ 75 bilhões, deve ser coberto
em parte pela venda de petróleo
iraquiano, que possui a segunda
maior reserva mundial do produto, atrás apenas da vizinha Arábia
Saudita. Normalmente, o Iraque
responde por 3% da produção
mundial.
O campo de Rumeila foi totalmente ocupado por forças terrestres norte-americanas, segundo
fonte do governo britânico. Durante a operação, parte da infra-estrutura teria sido danificada,
mas sem risco de prejuízos ambientais. Esse campo produz 1,3
milhão de barris por dia, a maior
parte escoada pelo terminal de
Mina al-Bakr.
Foi durante a operação em Rumeila que os americanos sofreram a primeira baixa em combate.
Segundo críticos à guerra, o
principal objetivo da coalizão
norte-americana é controlar a
produção do petróleo iraquiana.
A maior parte da infra-estrutura
petrolífera localizada ao redor de
Basra, principal cidade do sul do
Iraque, também foi tomada por
forças navais norte-americanas e
australianas. As instalações estariam intactas.
Faw
No extremo sul do Iraque, forças britânicas já controlam a península de Faw, onde estão localizados vários terminais de exportação de petróleo.
"Se as forças de coalizão tomaram a península de Faw e seus terminais estão intactos, é uma grande conquista. De fato, é mais importante do que impedir do que evitar que poços de petróleo sejam destruídos, disse Leo Drolas,
economista-chefe do Centro para
o Estudo de Energia Global, em
Londres.
Oficiais britânicos informaram
também que as instalações petrolíferas da cidade portuária de
Umm Quasr, controlada pela coalizão, foram encontradas intactas.
Localizada na fronteira iraquiana com o Kuait, Umm Qasr (460
quilômetros a sudeste de Bagdá)
dá às tropas de coalizão uma via
de acesso a carregamentos militares e de ajuda humanitária, além
de ser estratégico para combater a
resistência na região sul.
O governo britânico confirmou
que apenas sete poços de petróleo
teriam sido incendiados pelos iraquianos. O número inicial dava
conta que 30 poços estavam em
chamas. O dano é considerado insignificante, já que o Iraque possui 1.685 poços produzindo.
Danos ambientais
"Qualquer tentativa do [presidente do Iraque] Saddam Hussein para despejar óleo no Golfo e criar um desastre ambiental foi
demovida", disse o secretário de
Defesa britânico, Geoff Hoon.
"Não é apenas uma questão de
proteger os campos de petróleo
de sabotagem, mas de garantir da
melhor forma possível que a infra-estrutura civil norte-americana permaneça intacta", disse
Hoon.
O governo britânico disse que
não havia informações sobre a situação dos campos de petróleo
próximos a Bagdá.
"Nós estamos determinados a
não deixar Saddam causar mais
danos ainda à população iraquiana por meio de algum tipo de política de terra arrasada", informou
um alto funcionário do governo
britânico.
Em 1991, o Iraque derramou
milhões de litros de petróleo no
Golfo Pérsico, provocando sérios
danos ambientais à região.
Com agências internacionais
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