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Dalai-lama se diz pronto para ir a Pequim em breve
DA REDAÇÃO
No mesmo dia em que a
agência de notícias oficial da
China confirmou que são 19 os
mortos e 623 os feridos em conflitos no Tibete, o dalai-lama,
73, disse estar pronto para encontrar o presidente Hu Jintao.
"Estou pronto para encontrar os líderes chineses, particularmente Hu Jintao", disse a
poucos jornalistas. "Ir a Pequim seria uma grande notícia.
Muitos tibetanos criariam falsas expectativas. Tenho de pensar com muito cuidado."
Ele disse que gostaria de ir a
Pequim em algumas semanas
se houvesse uma "concreta indicação" de que as autoridades
chinesas estejam prontas para
negociar e caso os protestos no
Tibete tenham terminado.
No começo da semana, a China indicou que conversaria
com o dalai-lama se ele parasse
com "atividades separatistas" e
reconhecesse o Tibete e Taiwan como partes da China.
O líder espiritual respondeu:
"A Constituição chinesa já
menciona a autonomia [do Tibete]. O mundo todo sabe que o
dalai-lama não procura a independência, já repeti mil vezes."
O dalai-lama se encontrou
ontem com Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos Deputados americana. Ela disse que a
posição da China "é um desafio
para a consciência mundial".
A democrata foi eleita pela
Califórnia, onde muitos atores
de Hollywood, como Richard
Gere, pregam a liberdade do Tibete. Nos EUA, apenas 0,7% da
população é budista.
"Se os amantes da liberdade
não se opuserem à opressão da
China, perderemos a autoridade moral de falar em nome dos
direitos humanos", disse ela.
Pelosi pediu uma investigação mundial sobre a violência
no Tibete e negou a acusação
chinesa de que o dalai-lama tenha orquestrado os protestos.
Com agências internacionais e "The Independent"
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