São Paulo, sábado, 22 de março de 2008

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Dalai-lama se diz pronto para ir a Pequim em breve

DA REDAÇÃO

No mesmo dia em que a agência de notícias oficial da China confirmou que são 19 os mortos e 623 os feridos em conflitos no Tibete, o dalai-lama, 73, disse estar pronto para encontrar o presidente Hu Jintao.
"Estou pronto para encontrar os líderes chineses, particularmente Hu Jintao", disse a poucos jornalistas. "Ir a Pequim seria uma grande notícia. Muitos tibetanos criariam falsas expectativas. Tenho de pensar com muito cuidado."
Ele disse que gostaria de ir a Pequim em algumas semanas se houvesse uma "concreta indicação" de que as autoridades chinesas estejam prontas para negociar e caso os protestos no Tibete tenham terminado.
No começo da semana, a China indicou que conversaria com o dalai-lama se ele parasse com "atividades separatistas" e reconhecesse o Tibete e Taiwan como partes da China.
O líder espiritual respondeu: "A Constituição chinesa já menciona a autonomia [do Tibete]. O mundo todo sabe que o dalai-lama não procura a independência, já repeti mil vezes."
O dalai-lama se encontrou ontem com Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos Deputados americana. Ela disse que a posição da China "é um desafio para a consciência mundial".
A democrata foi eleita pela Califórnia, onde muitos atores de Hollywood, como Richard Gere, pregam a liberdade do Tibete. Nos EUA, apenas 0,7% da população é budista.
"Se os amantes da liberdade não se opuserem à opressão da China, perderemos a autoridade moral de falar em nome dos direitos humanos", disse ela.
Pelosi pediu uma investigação mundial sobre a violência no Tibete e negou a acusação chinesa de que o dalai-lama tenha orquestrado os protestos.


Com agências internacionais e "The Independent"


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