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Governo aceita; oposição se divide
FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO
Os governistas venezuelanos
disseram ontem que aceitam as
novas determinações do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sobre o processo de convocação do
referendo para abreviar o mandato do presidente Hugo Chávez.
Com isso, todas as atenções do
país estavam voltadas para o
anúncio oficial da Coordenação
Democrática (associação de partidos e associações de oposição).
"Recebemos com insatisfação o
conteúdo do regulamento, discordamos do aumento das assinaturas válidas. Parece-nos que
isso aconteceu por causa pressão
dos oposicionistas. Apesar disso,
para contribuir com o processo
que se desenvolve para voltar à
normalidade, nós aceitamos a decisão que o CNE acaba de tomar.
Aceitamos, mas sob protesto",
disse à Folha o deputado governista Willian Lara, representante
no CNE do Movimento Quinta
República, o partido de Chávez.
A crítica de Lara se refere à validação de mais 83.498 assinaturas
coletadas pela oposição em dezembro. Com isso, diminui um
pouco o número de signatários
que a oposição precisaria obter no
final de maio.
Mesmo assim, ainda faltam cerca de 600 mil assinaturas para
convocar o referendo.
Segundo Lara, o objetivo agora
é formar um grupo de observadores governistas em todos os mais
de 2.600 centros de coletas de assinatura previstos.
Segundo o analista político venezuelano Alfredo Keller, a oposição está dividida entre negociar
com o CNE e aceitar a decisão de
ontem ou tentar uma solução via
Supremo Tribunal de Justiça e fazer uma "resistência civil ao governo". "Ninguém sabe qual será
a posição final", disse.
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