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Para diretor, Itaipu é "solução" para o Paraguai
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O diretor-geral brasileiro
de Itaipu, Jorge Samek, disse
ontem que a hidrelétrica
nunca foi "problema" para o
Paraguai, mas que sempre
representou a resposta para
o desenvolvimento econômico do país.
"Itaipu foi o início de uma
grande solução para o Paraguai. Nunca foi um problema
para o país. Mesmo antes da
formação do Mercosul,
quem promoveu a integração latino-americana foi
Itaipu, que serviu de modelo
para muitos outros países",
disse Samek.
O recém-eleito presidente
do Paraguai, Fernando Lugo,
defende a revisão do acordo
para construção e funcionamento da usina por entender
que ele dá prejuízo ao país.
Samek disse que, desde o
funcionamento da primeira
turbina, nos anos 80, o Paraguai já recebeu US$ 4,4 bilhões em valores líquidos a
título de compensações pela
cessão da parte de sua energia ao Brasil e por royalties.
Por ano, o Paraguai sempre teve direito, como o Brasil, a uma quantidade de 45
milhões de megawatt/hora.
O Paraguai utiliza apenas
5% desse total e, pelo contrato, Samek afirma que o excedente tem que ser adquirido
compulsoriamente pelo sócio -no caso, o Brasil, que
paga atualmente US$ 45,31
por megawatt ao Paraguai,
dos quais porém US$ 42,5
são abatidos da dívida que o
Paraguai tem pela construção da usina, restando US$
2,81 para uso do país vizinho.
Para Samek, porém, "além
de estar se destacando na
produção de grãos, o Paraguai está começando a se industrializar, e Itaipu com
certeza já é um indutor de financiamento de novos investimentos no país".
Samek disse que "tem certeza" que Lugo terá "um longo período de boa convivência" a respeito de Itaipu.
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