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ÁFRICA DO SUL
Exército vai ajudar polícia contra ataques xenófobos
DA REDAÇÃO
O presidente da África do
Sul, Thabo Mbeki, autorizou
que o Exército vá às ruas
combater ataques xenófobos
que, desde o dia 11, mataram
42 pessoas e deixaram 16 mil
desabrigadas. Houve 400
prisões. É a primeira vez que
os militares ajudarão a barrar a violência desde o fim do
apartheid, em 1994.
"[A cooperação] será em
termos de equipamento e de
pessoal. Eles não irão assumir o papel de policiais, eles
vão dar apoio em operações
específicas", esclareceu Sally
de Beer, porta-voz da polícia.
A autorização foi dada
após o governo ser pressionado -pela oposição e pela
população- a reforçar o policiamento. Os protestos começaram em Alexandra, na
periferia de Johannesburgo,
mas depois se espalharam.
Seis imigrantes foram feridos num ataque a um bar, cujo dono é um nigeriano, em
Durban (Província de KwaZulu-Natal), onde há o maior
grupo étnico da África do Sul,
os zulus. Na Província de
Mpumalanga, na fronteira
com Moçambique e Suazilândia, 200 pessoas se refugiaram numa delegacia depois que dois assentamentos
informais foram invadidos.
O principal motivo dos
ataques é uma percepção de
que os estrangeiros "roubam" empregos, numa época
em que os preços de alimentos e combustíveis sobem.
Enquanto a vida nos subúrbios é melhor do que durante
o apartheid, muitas pessoas
ainda vivem em favelas.
Segundo a Fundação Helen Suzman, um instituto político, há imagens de "pessoas sendo queimadas vivas e
apanhando com muita violência, além de crianças assustadas entre multidões saqueadoras e policiais disparando balas de borracha".
Com "Financial Times" e agências
internacionais
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