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GUERRA SEM LIMITES
Abu Sabaya, do grupo Abu Sayyaf, era alvo do governo dos EUA, que o acusava de elo com a Al Qaeda
Filipinas anuncia morte de líder terrorista
DA REDAÇÃO
Abu Sabaya, líder do grupo extremista islâmico que aterroriza o
sul das Filipinas e é alvo da expansão da guerra norte-americana
contra o terrorismo, foi dado como morto ontem por autoridades
filipinas.
Sabaya, 39, liderava uma facção
do Abu Sayyaf, grupo terrorista
que, segundo os EUA, tem vinculação com a rede Al Qaeda e que
sequestrou 102 pessoas no último
ano. Alguns reféns fugiram e outros foram libertados (após o pagamento de resgate). Em uma
única ação, 18 reféns foram mortos, incluindo dois norte-americanos (um decapitado e outro
morto a tiros durante uma tentativa de resgate).
Militares informaram que forças especiais filipinas -com a
ajuda de forças norte-americanas
no que se refere à comunicação e a
informações de inteligência- localizaram Sabaya e outros seis homens em um barco perto da ilha de Mindanao (no sul das Filipinas, país de maioria católica), onde os grupos guerrilheiros muçulmanos querem criar um Estado
islâmico independente.
Buscas
O general Ernesto Carolina disse que um soldado afirmou ter
atirado nas costas de Sabaya, que
já estaria ferido, enquanto ele tentava fugir. O soldado disse ter visto o corpo de Sabaya afundando.
As buscas continuavam para tentar encontrar o corpo.
Carolina disse que o confronto
entre o grupo de Sabaya e as tropas filipinas começou às 4h20 de
ontem (horário local), depois que
soldados localizaram um barco
navegando "sorrateiramente"
perto da ilha de Mindanao. Usando equipamentos de visão noturna, os soldados viram sete homens armados a bordo e decidiram interceptar o barco.
Os rebeldes atiraram contra as
tropas, que passaram a disparar e
atingiram Sabaya e outros dois rebeldes.
De acordo com Carolina, um
soldado filipino atirou contra um
rebelde que tentava fugir -identificado mais tarde como Sabaya
por quatro guerrilheiros que se
renderam.
Os militares filipinos disseram
que estavam no encalço de Sabaya
desde que uma tentativa de resgate no dia 7 de junho deixou dois
reféns do grupo mortos (além de
três rebeldes).
O Abu Sayyaf conta com pelo
menos 500 membros armados e
se especializou em sequestrar estrangeiros e pedir grandes somas
como resgate.
Gloria Macapagal Arroyo, presidente das Filipinas, que prometeu pôr fim ao grupo separatista
islâmico, cumprimentou os militares afirmando: "Os terroristas
vão ser caçados sem descanso onde quer que estejam. Não vamos
parar até que todos eles sejam
capturados. Embora já tenham se
comportado como reis, os rebeldes do Abu Sayyaf agora são como ratazanas se escondendo nos buracos".
Cautela
O secretário da Defesa das Filipinas, Angelo Reyes, advertiu
contra comemorações precoces.
"Não deveríamos abrir a garrafa
de champanhe cedo demais", disse Reyes.
"Nós ainda temos de manter a
vigilância porque as ameaças terroristas permanecem. Se nós celebrarmos agora, e amanhã houver
um ataque terrorista ou alguém
for sequestrado, nós vamos nos
decepcionar novamente", afirmou.
Satisfação dos EUA
O presidente dos EUA, George
W. Bush, descreveu a morte de
Abu Sabaya, 39, como um "evento significativo". Sabaya, segundo
Bush, "encontrou sua sina".
Bush também elogiou Arroyo
por "ser firme, valente e forte ao
ajudar a livrar o mundo dessa
ameaça". "Eu aprecio a liderança
e a força dela", declarou o presidente.
As tropas dos EUA nas Filipinas
se limitam a auxiliar os soldados
locais contra os extremistas, mas
os americanos podem disparar
em "legítima defesa". Recentemente, Washington ofereceu uma
recompensa de US$ 5 milhões pela captura de Sabaya.
Com agências internacionais
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